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Opinião
27/05/2014 - 15h02
O elo perdido da democracia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A interdição de importantes vias públicas por onde circulam os elementos da economia nacional e as pessoas (inclusive as enfermas graves que correm em busca de socorro para continuar a vida), o esbulho da propriedade, a queima de veículos e o ataque aos bens públicos e particulares. Esse o caótico quadro da realidade nacional, agravado pela cor forte do sangue vertido nas ações do crime organizado, das drogas, da corrupção, da impunidade e da criminalidade geral, crescente e incontrolada. Vivemos o sobressalto da insegurança e, ao contrário do que alguns ainda tentam nos convencer, a situação ainda pode ficar pior.

No restabelecimento da democracia, os políticos, juristas e segmentos sociais foram com tanta sede ao pote que, em vez de estabelecê-la com as devidas seguranças para o povo exercer o poder através do voto, conseguiram algo mais próximo de um regime anárquico, com tendências para a abolição da propriedade privada e sua substituição pela posse individual ou coletiva e o fim da hierarquia humana. As brechas das leis foram exaustivamente prospectadas para o seu enfraquecimento, a autoridade é cada dia mais debilitada, e a turba mais violenta sendo, na maioria das vezes, explorada por oportunistas.

A sociedade, pelas suas forças mais representativas, precisa reagir e buscar a volta do país aos trilhos. Há que se encontrar a forma de prevalência da verdadeira democracia, onde o ordenamento jurídico seja respeitado e, principalmente, haja o reconhecimento do princípio básico de que o direito de cada indivíduo deve se manter íntegro, mas não pode invadir o direito de terceiros e nem do conjunto social. Sem o restabelecimento dos princípios básicos de direitos e obrigações, jamais conseguiremos viver a tão almejada paz social.

Governos, parlamentares, universidades, imprensa, segmentos religiosos, forças representativas das classes produtivas e sociais – acima de suas cores partidárias ou ideológicas e sem se preocuparem com os resultados das próximas eleições – precisam se unir num grande mutirão nacional em busca do elo perdido. A continuar o clima que temos vivenciado nos últimos tempos, invariavelmente chegaremos ao imponderável e, aí, só o emprego da força poderá levar a uma solução que, como nas vezes anteriores, não será democrática, mesmo que carregue o rótulo oficial da democracia...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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