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Opinião
03/06/2014 - 17h02
Fragmentos doutro diário
Dartagnan da Silva Zanela
 

1.

Há, nos dias atuais, o desenrolar duma grande batalha moral. O problema é que, justamente, a parte mais interessada no desfecho desse conflito encontra-se apática, desinformada, acuada e pretende continuar nesta condição por tempo indeterminado.

Dia após dia, nossos legisladores, investidos do estratégico papel de agentes de mudança social, juntamente com uma plêiade doutros profissionais que se prestam a esse depravado papel, estão criando e cimentando regras que tratam o ser humano como um objeto de porcelana sob a áurea justificativa de estar garantindo a liberdade de todos.

Por isso, ouso indagar, cá com meus botões: será que não ocorreu a essas iluminadas mentes que o efeito dessas leis protetivas, em longo, médio e longo prazo, será justamente o inverso do que elas prometem realizar? Quanto mais leis protetivas são instituídas, maior se torna o poder do Estado sobre a sociedade ao mesmo tempo em que se diminui o poder das instituições intermediárias entre ambas.

Trocando por miúdos: não haverá mais, em médio prazo, o intermédio, entre o indivíduo e Estado, da família, da religião e tutti quanti. Restará apenas o indivíduo à mercê do Estado. E quando isso realizar-se plenamente ficará, no ar, a velha pergunta: e agora... Quem poderá nos defender? Ninguém. Nem mesmo o Chapolin Colorado.

2.

Muitos podem ser os indicadores para avaliarmos o quão civilizada é [ou não é] uma sociedade. Desses muitos, atinemos nossa atenção para apenas dois: (i) a forma como os indivíduos comportam-se numa biblioteca e (ii) os modos das pessoas na audiência duma apresentação ou mesmo duma preleção.

Numa e noutra requer-se basicamente uma postura: silêncio. Se lhe for desinteressante a fala ou os livros, esses podem ser objeto do interesse doutros. Por isso, uma postura taciturna é de bom alvitre.

Sei que o dito acima é óbvio, mas o óbvio muitas das vezes deve ser lembrado. Biblioteca é um local de estudo, por isso, a honorabilidade desse espaço exige dos seus frequentadores um respeitoso silêncio. Um anfiteatro, instalado ou improvisado, é um local para audiência passiva que pode ser seguida da inferência de perguntas sobre o objeto da prelação realizada e, por isso mesmo, faz-se necessário um decoroso silêncio.

Qualquer manifestação fora disso não passará de barbárie indisfarçada. Ou, se preferirem: falta de educação mesmo.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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