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Opinião
04/06/2014 - 07h01
Gestão eficaz melhoraria a saúde dos brasileiros
Juan Quirós
 

No momento em que a Receita Federal anuncia que os impostos federais de R$ 293,42 bilhões recolhidos no primeiro trimestre de 2014 estabeleceram novo recorde para os três primeiros meses do ano, com crescimento de 2,08% em relação ao mesmo período de 2013, é oportuno refletirmos sobre o retorno desses recursos para a sociedade. Nesse quesito, segundo distintos estudos internacionais, o Brasil é uma das nações com pior desempenho dentre as que mais arrecadam.

Um viés interessante para percebermos a discrepância entre o que a sociedade paga ao Estado e o que recebe de volta em serviços e benefícios encontra–se na área da saúde, que, ao lado da educação, é a grande prioridade nacional. Pois bem, em 2014 o orçamento para o setor é de R$ 106 bilhões, segundo consta no Portal da Transparência do Governo Federal. Em 11 anos, os recursos destinados à assistência médico–hospitalar dos brasileiros mais que triplicaram. Em 2003, o valor era de R$ 31,2 bilhões.

O crescimento das verbas do Ministério da Saúde, ainda segundo informações oficiais, permitiu aos estados e municípios, responsáveis pela execução das ações e redes como UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), hospitais e ambulatórios, expandirem a chamada Atenção Básica. Somam–se ao dinheiro federal os recursos de todas as unidades federativas, que constituem o Sistema Único de Saúde (SUS), cujo princípio foi instituído pela Constituição de 1988.

A análise sugere que o maior problema da saúde no Brasil não é dinheiro, mas a má gestão, não apenas financeira, mas principalmente na operação dos equipamentos de atendimento municipais e estaduais. Há bons exemplos, porém, de que o gargalo administrativo pode ser superado mediante convênios com instituições privadas de excelência. Em São Paulo os hospitais Albert Einsten, Sírio Libanês e Santa Marcelina, os três instituições privadas, apresentam resultados positivos na gestão de unidades públicas de saúde. O mesmo se aplica à organização social Pró–Saúde, com ação semelhante em distintas regiões.

Obviamente, os acordos de administração privada de equipamentos públicos de assistência médico–hospitalar devem ser objeto de análise criteriosa, garantindo–se a excelência, experiência e probidade dos gestores. No entanto, observadas tais ressalvas, a ampliação do modelo poderá conferir uma nova dimensão à saúde no País, onde é dever constitucional do Estado prover gratuitamente esses serviços fundamentais à sociedade.

Não é mais admissível vermos diariamente na TV, ouvirmos no rádio e lermos nos jornais e revistas as matérias sobre numerosos e repetidos casos de negligência no atendimento, demora para exames, pacientes esperando em macas nos corredores de hospitais, prontos–socorros incapazes de responder às emergências e a população desassistida. Os brasileiros pagam muito por esse grande convênio/seguro–saúde chamado SUS. É necessária uma contrapartida adequada!


Nota do Editor: Juan Quirós é presidente do Grupo Advento e do LIDE Campinas (Grupo de Lideranças Empresariais) e vice–presidente da FIESP.

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