17/08/2025  04h49
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
30/06/2014 - 07h00
Alianças de ocasião
Afonso Motta
 
É um verdadeiro absurdo admitir que as alianças eleitorais, e por via de consequência as de governo, possam continuar prosperando casuisticamente e sem qualquer identidade programática

Pode-se afirmar que a maioria das alianças para o pleito que se avizinha são de ocasião, ou seja, expressam o oportunismo e a conveniência em detrimento da identidade programática ou ideológica. Estes interesses que aproximam para o pleito os que pensam diferente, consistem na prática habitual, na troca por cargos, financiamento de campanha, ampliações do espaço eleitoral e soma de votos para fortalecer as legendas ou eleger as candidaturas majoritárias. É um procedimento legal que uma vez vitorioso repercute na governança, garantindo maioria no parlamento e compondo a gestão do governo. Mas certo é que para a sociedade tem um custo muito elevado. Para atender todas os compromissos com a coalização de diferentes visões políticas, os recursos são direcionados a atender particularidades em detrimento a uma política pública cujas escolhas tenham um fundamento programático ou ideológico comum. De outra parte, numa coalização de partidos diferentes, os parlamentares desvirtuam o seu papel de produzir um conteúdo regulatório e fiscalizador, para também participarem do processo executivo, inaugurando obras e se apropriando de investimentos, como se essa fosse a sua função. Tudo para não falar do “toma lá da cá”, que chega ao ponto de estabelecer aos legisladores um determinado valor em política pública, que pode invocar para si a autoria. É um verdadeiro absurdo admitir que as alianças eleitorais, e por via de consequência as de governo, possam continuar prosperando casuisticamente e sem qualquer identidade programática. Esta evidência flagrante, que agora se repete em todo o país na iminência de mais um pleito eleitoral, comprova a urgência da reforma política, modificando totalmente a duração e a natureza dos mandatos, as alianças, a forma do voto, os quocientes eleitorais, a constituição das legendas, o número de partidos e seu funcionamento e, ainda, o processo eleitoral e o financiamento das campanhas. É evidente que a sociedade quer muito mais do que meros arranjos para regular cada eleição. É preciso um debate profundo e amplo que seja capaz de reformar o sistema político que se esgota a cada dia.


Nota do Editor: Afonso Motta é advogado e produtor rural.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.