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Opinião
30/06/2014 - 17h03
`Tomate cru´ e `feira da fruta´
José Luiz Tejon Megido
 
A nova linguagem da democracia brasileira

A galera no poder da voz que ecoa o anonimato de segmentos “das ruas”, passou a mandar palavrão, xingamento e porrada virtual e ovacional pra cima da presidenta. Tá certo que D. Dilma tem casca grossa, dá suas belas patadas na própria equipe, tem também a coisa da decadência global da classe política, mudanças sociais e o reino do marketing na ampliação de sonhos, vontades, desejos humanos. Mas a representante do povo brasileiro eleita em legítima democracia, ao contrário dos períodos da ditadura militar, tem no exercício do seu cargo um necessário respeito dos brasileiros.

A brigalhada dos candidatos, e das próprias facções do partido da presidenta, o ir para as ruas cobrar sonhos prometidos e impossíveis de serem entregues pela própria inoperância, confusão, má intenção e incompetência via manifestações com máscaras ou sem; não dignifica quem manda o tomate cru para a presidenta. Talvez ela não expresse, mas deve retribuir mentalmente com um “feira da fruta”. E assim criamos uma nova linguagem da democracia brasileira (salvos pelo agronegócio).

A ignorância, associada com violência e ideais superiores da humanidade transformados em tábulas chulas, sempre foram o combustível das tragédias de massa no planeta. Se a presidenta Dilma aparecesse sozinha e em pessoa na frente de uma dessas manifestações, pergunto: poderia haver diálogo ou o que aconteceria? O que você acha? Eu tenho profundo receio do que a democracia e a tolerância populista, associadas com promessas de sonhos irrealizáveis, pode fazer com uma sociedade e com as pessoas.

Está na hora de um líder do país, dentro do seu direito institucional, se afastar das disputas eleitorais e colocar ordem em pensamentos, e naquilo que precisa ser feito, e representar não os desejos, e os fetiches das mercadorias, como dizia Marx, e iniciar a construção de uma política, de um diálogo e de uma realidade de resgate de valores.

Não está certo xingar a presidenta eleita democraticamente nas urnas. E também está errado colocar as urnas a serviço do poder pelo poder. Falta liderança de verdade.


Nota do Editor: José Luiz Tejon Megido, diretor vice presidente de Comunicação do Conselho Científico para a Agricultura Sustentável (CCAS), dirige o núcleo de agronegócio da ESPM, comentarista da Rede Estadão – ESPN.

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