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Opinião
02/07/2014 - 07h03
A importância da profecia auto realizável
Cassia Verginia de Resende
 

Pensando no seu próximo final de semana, que foto deseja tirar para, colar ou salvar, no seu álbum? Você aparecerá nela cansado e triste ou alegre e fazendo algo que gosta muito? Qual a imagem criada internamente de onde estará profissionalmente daqui a 3 anos? Realizado ou na mesma posição que se encontra hoje? Como se vê aos 70 anos, ativo, doente, trabalhando, viajando etc.?

Todos nós, temos sonhos, objetivos, buscamos a auto realização pessoal e profissional, mas poucos são aqueles que criam um cenário interno do que desejam conquistar ou prestam atenção nas visões de futuro que construímos inconscientemente.

Já ouviu falar de profecias auto realizáveis? Se a resposta for não, saiba que esse fenômeno social ocorre frequentemente em nossas vidas. Profecia é um prognóstico, uma previsão do que ocorrerá.

O professor de comportamento organizacional em Harvard, Robert Merton, é autor da expressão self-fulfilling prophecy – ou profecia auto realizável –, que explica a influência que uma visão do futuro tem sobre os acontecimentos que esse mesmo futuro trará. Ou seja, quando imaginamos – desejamos, ou tememos – um acontecimento futuro, nos organizamos muitas vezes de forma inconsciente, para que ele se torne realidade. 

No seu livro Social Theory and Social Structure, o sociólogo explica: “A profecia auto realizável é, no início, uma definição falsa da situação, que suscita um novo comportamento e assim faz com que a concepção originalmente falsa se torne verdadeira”.

Por exemplo: imagine um estudante, o qual seus pais e amigos por alguma razão, começam a dizer que ele não conseguirá terminar o ano na escola por ser incapaz ou rebelde. Mas isso não é verdade. Bem, se ele acreditar nisso, então provavelmente vai se desanimar. Não vai querer estudar mais. Talvez se revolte até com os professores e a escola. No final, o resultado é que ele não passará de ano. De fato, ele mesmo concretizou uma “profecia” que era falsa, parecendo no final verdadeira.

Imagine também um funcionário que não acredita na integridade e na capacidade de seu gerente de ouvir, considerar ideais e sugestões vindas de seus subordinados. Será que se disporá a criar inovações, propor sugestões e melhorias? Provavelmente contribuirá cada vez menos. Consequentemente, o gerente passará a enxergá-lo como não colaborativo.

Infelizmente, vemos muitos casos desse fenômeno nas escolas, organizações e nas próprias famílias. Existe um ditado árabe que diz “Cuidado com os seus desejos, pois podem se tornar realidade”. Temos que atentar às nossas previsões pessoais, elas tem o estranho hábito de se concretizar.

A melhor maneira de prever o futuro é construí-lo! Lembre-se, quanto mais senso de realidade, pensamento estratégico e atitudes mentais, melhor. Preste atenção nas crenças das pessoas com quem anda e como as informações externas (e internas também) o influenciam.


Nota do Editor: Cassia Verginia de Resende é coach, consultora de desenvolvimento, coordenadora do grupo de estudos de Coaching da – ABRH/SP, membro do grupo de excelência em Coaching do CRA-SP e dirige a Realize Desenvolvimento Humano e Organizacional (www.realizeacao.com.br).

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