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Opinião
02/07/2014 - 11h07
Intuição e indolência
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 
As duas faces da mesma moeda

É lamentável constatar que o mundo sempre esteve cheio daqueles que querem manter atado o espírito dos seres humanos, explorando a sua indolência e falta de movimentação para a busca de esclarecimento e maturidade. Essa situação leva à dormência da intuição individual como meio de reter as pessoas no marasmo, impedindo-as de exercitar análises por si mesmas.

Agora o apelo mais forte para manter esse torpor geral está na sexualidade, induzindo a pensamentos e comportamento antinaturais. O nosso querer e nossos pensamentos movimentam a lei da atração de igual espécie. Se quisermos atrair o bem, temos de pensar no bem. Temos de buscar a ampliação do saber sobre a vida em vez de ficarmos dando voltas em sofismas místicos e sem lógica, mas que exercem forte atração sobre as mentes confusas.

Descuidadamente, sem fazer uso da reflexão serena, temos bloqueado a intuição, dando ampla liberdade à indolência e à vontade egoística que, juntamente com a astúcia do raciocínio, gera formas de pensamentos rígidas que podem agredir as pessoas ou criar desarmonia no ambiente.

No Brasil, com a ampliação da indolência, temos o grave problema secular da falta de empenho para a consolidação de um país livre, com uma população bem preparada para a vida, que gosta de se divertir. Nessa falta de seriedade e autoestima, as pessoas são incentivadas a deixar rolar para ver como fica. Não há metas nem planos perseverantes; tudo declina continuadamente. Isso ocorre nas áreas de educação, saúde, saneamento, e também se reflete na falta de eficiência e de seriedade no uso do dinheiro público, e inclusive no futebol.

Há uma completa desorganização, visível nos jogadores pouco instruídos, violência nos estádios, clubes afundados em dívidas. Na Alemanha, os jogos reúnem mais de 40 mil torcedores com ampla presença feminina. No Brasil, a média é inferior a 20 mil. Os torcedores fogem dos estádios, com receio da violência e de partidas mal jogadas.

Temos permitido estagnação e declínio de forma abusiva neste país repleto de potencialidades. Em poucas décadas vemos um Brasil desfigurado, sem metas, sem estadistas. As pessoas que vivem aqui deveriam ser incentivadas a pensar no bem geral, no querer um país melhor, com otimismo e seriedade, para transformá-lo num acolhedor lar de seres humanos que buscam o progresso real. Nossa democracia capenga requer aperfeiçoamentos que promovam credibilidade, equidade e justiça. Todos nós queremos um país sério, generoso, severo. Se pensarmos dessa forma com intensidade será como uma lança atuando para que o sonho se torne realidade.

Os administradores públicos frequentemente estão propondo o aumento do teto das dívidas. Planejar como serão pagas é que é o problema. O endividamento descontrolado, interno ou externo, sempre se constituiu numa armadilha para a população, pois os governantes e os gestores públicos mudam e deixam as contas em situação calamitosa para o sucessor, que inapelavelmente, tem de buscar novas dívidas mantendo a administração pública refém dos credores. De governo em governo as coisas pioram. A própria Petrobras corre o mesmo risco diante da inépcia e outros fatores inconfessáveis.

Que horas o mundo vive? Faltam poucos segundos para o alvorecer de um novo dia, porém, não antes de uma assustadora escuridão, provocada pelos que não se esforçaram em agir como seres humanos de fato. Daí decorre todo o caos que nos rodeia. Os humanos desenvolveram uma vontade própria egoística, julgando-se superiores, dispensados de respeitar as leis naturais da Criação, forjando na oficina do cérebro leis teóricas dissociadas da realidade espiritual. Os eventos apocalípticos se avolumam na natureza e no inóspito ambiente econômico-financeiro-social, última fronteira da megalomania dos homens. Resta um curto tempo para a busca da Luz da Verdade.

A vontade egoística é teimosa e arrogante por natureza, não admitindo que possa estar agindo de forma errada, muito menos ser advertida. Com a intuição ativa e voltada para o bem, as formas produzidas seriam mais leves e agradáveis, por conterem algo que é captado de regiões inacessíveis ao raciocínio, o que permitiria que aos seres humanos, em vez de se agredirem mutuamente, se alegrarem, beneficiando-se de formas enobrecedoras, mais condizentes com a própria espécie. Mais do que nunca necessitamos da paz e da serenidade. Abdruschin, autor da Mensagem do Graal, recomenda que mantenhamos puro o foco dos pensamentos para alcançarmos a paz e a felicidade.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012... e depois?”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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