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Opinião
12/07/2014 - 08h04
Brasil, candidatos e sociedade
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

No apagar das luzes da “Copa das Copas”, independente de quem leve o caneco – Alemanha ou Argentina -, restam muitas preocupações. De imediato, a possibilidade de um ataque em massa dos famigerados black blocs, cuja mobilização já teria sido identificada pelo menos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mas esse é apenas o mal imediato. A volta da inflação é a grande ameaça, que atinge todos os brasileiros; o teto tecnicamente estabelecido para seu controle já foi rompido e a escalada de preços é cada dia mais presente, principalmente porque a atividade econômica está em baixa, o mercado descapitalizado e o crédito restrito. Não vamos nos esquecer do ocorrido nas vizinhas Argentina e Venezuela, onde a inflação surgiu, os governos disseram que estava sob controle, e deu no que deu.

Que os candidatos – a presidente, governador, senador e deputado – não escolham para campanha o terreno comum da lamentação e da caça às bruxas da Copa. E os eleitores tenham a consciência de que a conseqüência do voto (boa ou má) é sentida durante todo o mandato dos eleitos e até depois dele. É preciso que uns e outros usem as próximas eleições na tentativa de construir pontes para a solução dos graves problemas nacionais. Candidatos devem dizer claramente o que pretendem fazer para evitar a volta da inflação, manter a economia em funcionamento, garantir o emprego e prover a população de saúde, educação, segurança pública e outros serviços de obrigação governamental. A eleição é o grande e único momento em que o candidato pode dizer ao povo a que veio e o povo tem a oportunidade de escolher aquele que melhor lhe interesse. Conseguida essa sintonia, ganha a sociedade.

Não precisamos de messiânicos salvadores da pátria, mensagens enganadoras e nem de carinhas bonitinhas preparadas pelos marketeiros. O país necessita de trabalho contínuo e competente e de uma nova postura de toda a sociedade no combate sem trégua à corrupção. Logo, a redenção nacional não depende só daqueles que serão eleitos a 5 de outubro, mas também do comprometimento do Ministério Público, do Judiciário e das diferentes forças da sociedade. Carecemos de uma ampla reforma de conceitos, de deveres concomitantes aos direitos, de equilíbrio e do combate sem trégua a todos os tipos de corrupção, desde as grandes negociatas até a simples gorjeta ou agrado a quem tem a obrigação de fazer. Não precisamos de culturas e hábitos alienígenas que nada têm a ver com a índole e as tradições de nosso povo. É uma grande tarefa, que não está restrita aos políticos. É de todos nós.

Em tempo: temos de (mesmo que não seja possível já para esse ano, pois o processo está deflagrado) acabar com a nefasta reeleição e com todas as formas de perenização de um homem ou grupo no poder. A alternância é o grande oxigênio que purifica as artérias da sociedade...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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