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Opinião
19/07/2014 - 08h05
Eleição, agora é pra valer
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os candidatos às eleições de outubro já pediram registro e começam a corrida oficial atrás do voto. Para a alegria de alguns e a tristeza de outros, os institutos divulgam as primeiras pesquisas. O Ministério Público pediu a impugnação de mais de 200 concorrentes que têm contas públicas rejeitadas ou já foram condenados em segunda instância, passando a ser considerados fichas sujas. O controle mais rígido do registro das candidaturas se faz pela primeira vez numa eleição geral. Há dois anos, nas disputas municipais, a Lei da Ficha Limpa já estava em vigor mas ainda era coisa nova e questionada porque, segundo entendimentos jurídicos diversos, deveria valer somente no ano seguinte. Mas, hoje, todas aquelas atenuantes se acabaram e, finalmente, os errantes deverão ser barrados.

Antes da Ficha Limpa, uma lei de iniciativa popular que o Congresso teve de aprovar mediante a pressão da sociedade, os políticos e administradores públicos errantes menosprezavam denúncias e processos. Usavam e abusavam do direito de recurso para suspender a execução de suas condenações “até trânsito em julgado” e, com isso, continuavam impunes, fazendo as leis ou administrando a coisa pública. Havia na sociedade certeza de que o político podia fazer o que quisesse porque nada lhe aconteceria. Com o esforço da comunidade, temos agora os limites de tolerância que todos esperamos ser respeitados.

Altas figuras do mundo político – governadores, ministros, senadores, deputados e outros – têm, hoje, sua elegibilidade questionada porque, quando nos cargos, deixaram de cumprir suas obrigações e restaram processadas. É o começo da moralização que todos esperamos ver materializada na prática e sem mais brechas que levem à impunidade. Os envolvidos tentam e alguns até poderão conseguir sobreviver aos rigores da Ficha Limpa. É nesse momento que a consciência do eleitor ganha importância vital ao processo e até ao futuro do país. Sabendo que o candidato tem problemas, você ainda votaria nele? Se votar é porque não quer consertar a política nacional. Venho de uma instituição onde o suspeito é penalizado pelo simples fato de ter deixado pairar dúvidas sobre sua conduta e, nessas condições, jamais votaria em quem teve contas rejeitadas ou é acusado de corrupção ou qualquer crime quando no exercício da função pública. O dia da eleição é a única oportunidade que o eleitor tem para mudar o país. Não pode desperdiçar...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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