Se acaso sempre conseguisse racionalizar as situações para resolvê-las de maneira equilibrada, não cometeria os desvarios que me sacodem. Mas a razão é, em determinados momentos, substituída por um gigantesco descontrole emocional, o qual me transforma em um bichinho acuado, que reage das mais diversas formas: dorme muito; chora; perde o sono e o apetite, ou pior: fala o que não deve, berra e esperneia como criança inconsequente. É como se um vendaval me levasse para uma dimensão onde eu me transformo em outra pessoa. Hoje estou em paz, emocionalmente equilibrada, é como passo a maioria dos meus dias. Nessas horas caio na real, vislumbrando a quantidade de besteiras que fiz. Tarde, o tempo não volta. Então a paz dá lugar a uma tremenda angústia, já que não posso, às vezes, sair pedindo perdão a todos que de alguma forma afetei, mesmo para aqueles que não estão nem aí para mim. Portanto ponho minha alma no papel, e espero ansiosa que seja alcançada pela compreensão e misericórdia que existe dentro de todos nós. Sei que o que quero é muito, mas sou otimista. Agora o importante é não esquecer de pedir a Deus, todos os dias, para manter-me bem, mesmo diante dos estopins emocionais.
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