16/08/2025  20h06
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
25/07/2014 - 07h01
Voto rebelde
Afonso Motta
 

A crise continua, não dá para negar. Vejam que pesquisa recente do Tribunal Superior Eleitoral e do IBGE mostra que apenas 25% dos brasileiros com 16 e 17 anos se cadastraram para a votação do dia 5 de outubro. Essa tendência vem se repetindo desde 2006, ou seja, os jovens têm a oportunidade de votar desde os 16 anos mas muito poucos estão fazendo uso desse direito. Ao lado deles se encontra outra parcela da população, 26%, conforme aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope, que não está interessada nas eleições que este ano escolherá presidente, governador, deputados estaduais e federais.

Esta indiferença e distanciamento da política é resultado das práticas cotidianas que confirmam a corrupção e a incoerência dos nossos representantes nas instâncias legislativas e executivas. Assim, nada mais coerente que o afastamento dos jovens e a procura de outros espaços de participação, como aconteceu em junho do ano passado, quando tomaram as ruas e mostraram ao país sua indignação com aqueles que não os representam. Mas, para mudar, é preciso participar. Portanto, num mundo paralelo, descolado das instâncias institucionais, à margem, pouco ou nada a juventude poderá alcançar. Reconheço na rebeldia juvenil o potencial para a mudança, como aconteceu em Maio de 68, na França, e mais recente os protestos nas praças do mundo árabe, que voltaram a atenção para a militância dos jovens através das redes sociais.

Mas aqui, uma vez que os representantes eleitos não fizeram a reforma política ansiada pela população, é chegada a hora de os jovens, através da sua irreverência, mostrarem a sua força através do voto rebelde. Pode parecer inútil, sem sentido, perda de tempo, mas em breve os candidatos estarão se apresentando à população, mostrando suas propostas. É neste momento que a indignação da juventude pode mudar o resultado eleitoral, através da escolha consciente, pesquisada, comparadas as atuações dos que buscam a reeleição ou encontrando novos realmente capacitados para o exercício dos mandatos eletivos.

O voto consciente dos jovens pode derrubar as alianças bizarras, a falta de ética e as mudanças conforme as conveniências eleitorais.


Nota do Editor: Afonso Motta é advogado e produtor rural.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.