Diariamente, ao estudar os acontecimentos da logística do nosso País, sempre me deparo com notícias que envolvem o investimento de empresas internacionais no nosso sistema de transportes. Companhias chinesas, francesas, inglesas e até americanas já enxergaram o tamanho do nosso potencial de distribuição e estão cada vez mais empenhados em encontrar espaços onde possam investir no nosso promissor Brasil. Mas na prática, até qual ponto esses investimentos impulsionam nossa economia e enriquecem nossa logística? Se formos levar em conta os nossos habituais problemas, sejam eles políticos ou de recursos, os investimentos são sim bem-vindos. Afinal, temos um Brasil imenso, carente de uma infraestrutura eficaz e que necessita urgentemente de condições mais palpáveis de distribuição. O nosso povo, que adquiriu nos últimos anos maior poder aquisitivo, está consumindo mais, o que demanda maior distribuição de suprimentos e produtos por entre as cidades, além de todos os nossos déficits em transporte e locomoção, essas empresas são referência em planejamento logístico, enxergamos com a vinda delas a luz no fim do túnel para nossas estradas, mobilidade urbana e transporte. Mas e o setor econômico? Essas empresas nos acrescentarão cifrões? Estimularão novos e interessantes projetos para o País? Essa é a grande dúvida desse assunto. Acho válido correr esse risco, já temos bons exemplos para nos basear. Uma empresa chinesa, aliada ao governo, fez recentes investimentos na melhoria da logística brasileira. A companhia encaminhou recursos para reestruturar a saída de produtos como a soja e dessa maneira dilatar o número de empresas chinesas no Brasil, o que é bom para eles e bom para nós, já que ocorrem entre esses dois países exportação e importação de suprimentos como esse. Fora tantas outras que estão construindo parques logísticos, galpões e realizam junto ao governo processos licitatórios de concessões rodoviárias. Claro que devemos levar em conta que cada investidor deve conhecer as particularidades do nosso País. Nosso território é grande e extenso, a dificuldade de locomoção, de suprimentos e pessoal é latente, principalmente nas grandes metrópoles. O Brasil é uma futura potência que merece sim os olhos do mundo. Necessitamos da ideia de que nossa atual situação seja melhorada e modificada para melhor. De maneira geral, devemos olhar para esses investimentos com bons olhos. Isso significa que o potencial de nosso País está sendo observado de perto, e a tendência é que isso seja cada vez mais comum. Carecemos vislumbrar futuras melhoras em nossa estrutura e progressos gradativos do nosso meio de distribuição, já saturado pela alta demanda e prisioneiro da própria falta de investimentos. Que os investimentos venham com cautela e que possamos enxergar no governo e seus parceiros a vontade de todos nós: beneficiar e modificar para melhor o nosso Brasil. Nota do Editor: Victor Simas é presidente da Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição).
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