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Opinião
31/07/2014 - 17h10
A administração da água
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O abastecimento de água volta a ser manchete. As autoridades – estaduais e federais – divergem sobre a capacidade das reservas para o abastecimento de São Paulo. O Rio de Janeiro protesta contra o provável uso de água desviada do Rio Paraíba que, servindo os paulistanos, faltaria aos cariocas. Cidades do interior padecem com a escassez nos mananciais e dificuldades de processamento e distribuição. Vivemos, dessa forma, o drama das águas que, para desapontamento geral, ao mesmo tempo em que falta na região sudeste, sobra no sul e no norte, onde muitas localidades sofrem com as cheias.

É preciso entender o Brasil como um país continental, dotado de diferentes situações, climas e regimes hídricos. As cheias amazônicas são habituais, mas as inundações ou secas registradas no sudeste e no sul são resultados da intervenção do homem na natureza. Da mesma forma que povoou densamente uma região, o próprio homem tem o dever de administrar os recursos para sua sustentabilidade. Com os meios tecnológicos hoje disponíveis, deveria, por exemplo, adotar medidas preventivas para os reservatórios de água de São Paulo não descerem a níveis tão baixos, assim como precisaria realizar obras para evitar o assoreamento dos rios, que transbordam e provocam desabrigo e destruição.

Apesar da escassez de água para o abastecimento, os sistemas de distribuição das cidades brasileiras apresentam grandes perdas do líquido causadas por vazamentos. Há registros de evasão de até 40% da água processada nas estações de tratamento. Some-se a isso o mau hábito da população que lava calçada, automóveis e usa o líquido sem qualquer economia ou controle. É necessário acabar com essas distorções enquanto ainda temos água dentro do cano. Se um dia a falta realmente se estabelecer, será o caos e pouco se poderá fazer.

Em 1969, o governo federal elaborou o Planasa (Plano Nacional de Saneamento), que pretendia ter todo o sistema de abastecimento de água, então municipal, administrado por empresas estaduais. Depois disso, negligenciou-se com as empresas estaduais e só algumas delas hoje são relativamente eficientes. Agora, sob o risco da torneira seca, há que se fazer algo para evitar o pior. Temos de gerenciar melhor os mananciais, a captação, a distribuição e, principalmente, o uso da água. Remediar sempre foi mais caro do que prevenir...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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