24/04/2024  02h54
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Medicina e Saúde
01/08/2014 - 16h01
Glaucoma e catarata: mitos e verdades
 
 
Dr. Richard Yudi Hida esclarece as principais dúvidas sobre estas doenças, que são as maiores causadoras de cegueira no mundo

Estima-se que existam no Brasil, aproximadamente, 2 milhões de portadores de catarata. Além disso, estima-se que um milhão de brasileiros acima dos 40 anos e 6% acima dos 70 anos tenham glaucoma. Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida, o glaucoma é a doença ocular que mais causa cegueira irreversível, e a catarata é a maior causa de cegueira reversível e a doença ocular que mais cresce no Brasil. Mas, quais as causas desses males? Muitas dúvidas surgem quanto falamos de seus sintomas, diagnóstico, tratamentos, grupos de risco, dentre outros fatores.

Dr. Richard esclarece agora alguns dos principais questionamentos sobre o assunto. Confira abaixo os mitos e verdades acerca das doenças:

Não é possível confundir os sintomas da catarata com os do glaucoma

Verdade. A catarata é causada pela opacidade na lente natural do olho (cristalino) causando perda gradativa e lenta da visão de forma indolor. Outros sintomas são sensibilidade excessiva à claridade, visão turva, opaca ou nebulosa, dificuldade em distinguir diferentes tons de cores, e visão de halos ao redor das luzes. A forma mais comum do glaucoma em fase inicial é uma doença assintomática. Por isso é considerada uma doença traiçoeira. Por este e outros motivos, todos as pessoas indiferente da raça, sexo ou idade deve realizar uma consulta oftalmológica de rotina uma vez ao ano.

Colírios podem curar a catarata

Mito. Com a tecnologia atual, a catarata ainda só é curada por meio da cirurgia. Ao contrário do que se imagina, o procedimento cirúrgico para tratar o problema pode ser realizado utilizando ultrassom associado ou não por laser. Descrevendo de uma forma simples, o aparelho “aspira” o conteúdo interno do cristalino e uma lente é introduzida no lugar do conteúdo aspirado. A recuperação visual, amparada com o uso de colírios específicos, receitados pelo oftalmologista, geralmente ocorre em alguns dias.

A catarata não volta após a cirurgia

Verdade. O que pode ocorrer é a opacificação da parte posterior da cápsula transparente em que se coloca a lente intraocular. Isto ocorre em aproximadamente 10% dos casos. Descrevendo de uma forma simples, é realizado uma limpeza da porte posterior desta cápsula utilizando laser. Um procedimento rápido e indolor, mas deve ser realizado pelo oftalmologista especializado.

A visão perdida, nos casos de glaucoma, será restabelecida com o tratamento

Mito. O tratamento do glaucoma não visa melhorar a visão periférica que já foi acometido. O tratamento visa retardar a evolução da doença. Além disso, os danos já causados são irreversíveis. Por este motivo, todo indivíduo deve realizar sua consulta de rotina com o seu oftalmologista.

O risco de sofrer de glaucoma aumenta com a idade

Verdade. A causa do glaucoma é genético, mas existem outros fatores que podem desencadear glaucoma. A idade é um desses fatores. O risco aumenta sim, com o avanço da idade, sendo mais comum após os 40 anos. Além disso, indivíduos com casos da doença na família têm risco maior de apresentar o problema. Por isso, devem ser examinados periodicamente por um oftalmologista.

A catarata é apenas uma membrana que cresce em frente ao olho

Mito. Muitas pessoas confundem a membrana que cresce na superfície da córnea, que se denomina pterígio, com a catarata. O pterígio pode crescer, deixar o olho avermelhado e, se atingir o centro da córnea, também pode baixar a visão. A catarata é interna e só pode ser vista a olho nu em casos muito avançados, quando se observa um reflexo esbranquiçado atrás da pupila.

A cirurgia de catarata é rápida e simples

Mito. Muitas pessoas que já realizaram a cirurgia de catarata acha que o procedimento foi rápida, simples com recuperação instantânea. Porém, mal sabem que tudo isso envolve uma série de fatores que torna o procedimento rápido e extremamente complexo. Para um procedimento de cirurgia de catarata ser bem realizado, existem alguns fatores essenciais, como: local hospitalar, aparelhos que realizam a cirurgia, condições de esterilizações, instrumentos microscopicamente delicados e precisos, microscópio cirúrgico, entre outros. Sem contar que o cirurgião controla o aparelho de cirurgia (chamado facoemulsificador) com o pé direito, o microscópio com o pé esquerdo, e seus instrumentos de alta precisão nas mãos. Para realizar uma cirurgia de catarata o médico deve realizar um treinamento de 2 a 3 anos e depois deve se aprimorar mais 3 a 4 anos para ser um bom cirurgião oftalmológico.

É possível livrar-se dos óculos operando a catarata

Verdade. De uma forma geral, sim. Mas nem todos irão ter essa sorte. Atualmente existe uma grande variedade de lentes intraoculares para a cirurgia de catarata. Cada paciente deve realizar um exame minucioso para seu médico poder optar a melhor lente para cada paciente. Hoje, existem as lentes monofocais, multifocais e as acomodativas. Apesar de controversos, o cirurgião deve conversar com o paciente com relação às suas expectativas de visão de longe, perto, e meia distância, reduzindo a necessidade de uso de óculos. Tais condições podem ser realizadas em quaisquer das lentes intraoculares citadas. Converse com seu médico especialista para maiores informações.

O paciente, uma vez tratado, estará curado do glaucoma

Mito. A doença não pode ser curada, mas sim pode ser controlada. A maneira mais simples é com o uso de colírios. Outra forma é usar um laser específico ou realizar uma cirurgia para escoar o líquido interno do olho, denominado humor aquoso. De uma forma geral, em torno de 2 a 3% dos pacientes com glaucoma necessitam de algum procedimento cirúrgico.

Crianças podem ter glaucoma

Verdade. Elas podem ter o chamado glaucoma congênito ou glaucoma infantil. Ambos são raros e podem se instalar logo após o nascimento. No caso do congênito, a criança já nasce com alterações no olho, provocadas pelo aumento da pressão intraocular ocorrida durante a gestação. As manifestações clínicas aparecem no decorrer do primeiro ano de vida e se caracterizam pelo globo ocular aumentado e alterações na transparência da córnea, que fica branco-azulada.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "MEDICINA E SAÚDE"Índice das publicações sobre "MEDICINA E SAÚDE"
26/12/2022 - 07h45 Excesso de tecnologia pode afetar a saúde mental
24/12/2022 - 06h33 Depressão é um perigo silencioso
23/12/2022 - 05h58 Febre alta e dor no corpo?
21/12/2022 - 06h08 8 passos de primeiros socorros do infarto
10/12/2022 - 05h22 Casos de dengue aumentam 180,5% em um ano
03/12/2022 - 05h39 6 mitos sobre a saúde ocular infantil
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.