Conheça métodos para evitar crises de cefaleia
Mesmo que um analgésico ou uma boa noite de sono possam amenizar uma enxaqueca, vale estar atento pois podem sinalizar que algo mais grave está ocorrendo no organismo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), mais de 13 milhões de brasileiros sofrem com dor de cabeça duas vezes ao mês. Alguns podem apresentar sintomas mais severos que exigem a busca imediata de um profissional médico. O neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia, Dr. Tiago Freitas, aponta quais as principais causas e os tratamentos para evitar uma crise de cefaleia. Segundo ele, na maioria dos casos, as dores são consideradas cefaleias primárias, ou seja, enxaquecas e dores tensionais. “Mas há também as cefaleias secundárias, em que a dor é sintoma de doença neurológica ou sistêmica e pode necessitar de tratamento hospitalar ou cirúrgico”, alerta. Nos casos mais graves, o diagnóstico pode ser feito por ressonância magnética, tomografia e angiotomografia de crânio, conforme avaliação médica. “Mudança de padrão de dor; dor súbita, muito forte e associada a vômito; cefaleias que pioram com esforço físico ou se o paciente abaixa a cabeça; e dor com alteração do estado de consciência, do equilíbrio, da visão ou do comportamento são sinais que devem ser investigadas”, explica o neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia. Ao longo dos anos, foram criados diversos medicamentos capazes de combater as crises de enxaquecas ou para pessoas que sofrem algum tipo de cefaleia. Alguns apenas tratam os sintomas, porém, se utilizados em excesso, podem causar complicações e até o agravamento da cefaleia. Por isso, o neurologista Tiago Freitas alerta sobre a importância de procurar um especialista para o diagnóstico correto do problema. “O uso inadequado ou abuso de analgésicos pode agravar o caso e levar à cefaleia crônica”, afirma. Segundo dados da SBCe, as mulheres são a maioria no Brasil que têm ao menos uma crise de cefaleia no mês – 70%. Já entre os homens, cerca de 50% sofrem com o problema pelo menos duas vezes ao mês. Veja, abaixo, alguns motivos comuns de cefaleias e quando é hora de se atentar ao problema: – Pouco sono: o cansaço gerado pela privação de sono comprime os músculos causando dor de cabeça. Portanto, quem tem insônia ou poucas horas para dormir, pode sofrer com cefaleias constantes. – Fome: quem costuma jantar muito cedo ou passar horas em jejum pode ter hipoglicemia, por isso, acaba acordando com dor de cabeça. – Ressaca: pode causar dor de cabeça por conta da desidratação, mas não é motivo para se preocupar. O ideal é prevenir: antes de beber álcool, tomar bastante água e se alimentar bem. – Estresse: causa descarga de adrenalina, hiperatividade dos neurônios e alteração dos neurotransmissores, o que gera dor de cabeça. Para melhorar tem que se acalmar. – Exercícios físicos: algumas pessoas apresentam dores de cabeça durante ou depois de se exercitar por conta dos batimentos cardíacos acelerados e hipoglicemia – quando o exercício é demorado e não se repõe a energia perdida. Se a dor for apenas nesses momentos, é indicado procurar um médico porque pode ser um sintoma de um aneurisma. – Acidente Vascular Cerebral (AVC): todo tipo de AVC pode dar dor de cabeça. A dor de cabeça é repentina e muito intensa. É necessário procurar ajuda médica imediatamente.
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