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Opinião
14/08/2014 - 11h01
Água, conservar para não faltar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

São Paulo e Rio discutem, há semanas, o abastecimento de água para suas populações. A contenda envolve a bacia do Rio Paraíba, de onde os paulistas querem captar mais água e os cariocas temem faltar para o suprimento do Rio de Janeiro. Agora, os organismos federais encarregados do controle da água entram na discussão e ameaçam multar a paulista Cesp, se esta não aumentar a vazão de água no Paraíba. Tudo aquilo que deveria ser um trabalho de rotina parece estar ganhando aspecto de briga, o que em nada contribui para a garantia da água nas torneiras de paulistas e cariocas.

Há muito tempo possuímos vasta legislação para o controle das águas. Há, inclusive a escala de prioridades para o seu uso. Em primeiro lugar, deve servir para matar a sede e atender às necessidades do ser humano. Depois dos animais e de uma série de atividades: agricultura, indústria, geração elétrica, transporte, lazer etc. Um sem número de normas dá embasamento ao trabalho dos órgãos controladores que, além da própria legislação, ainda sofrem severa vigilância dos ecologistas, muitos deles sensatos, outros nem tanto. Com todo esse rosário de normas, obrigações e cobranças, os operadores dos sistemas jamais deveriam ter esperado a crise chegar para adotar medidas de proteção. Prefeitos e vereadores também deveriam estar atentos, tomando medidas de alçada municipal e cobrando a ação dos órgãos federais e estaduais, pois a população que sofrerá com a falta mora no município.

Quando as represas do sistema paulista Cantareira, por exemplo, começaram a não encher totalmente – e isso não ocorreu da noite para o dia – teria sido mais prudente a deflagração de campanhas e medidas de economia. Em sendo a água cada dia mais escassa, em vez da simples advertência para essa realidade, os operadores devem dar prioridade absoluta à contenção de perdas por vazamentos e principalmente ao desperdício pelo mau uso. Há que se garantir o suprimento da população enquanto ainda há água nos reservatórios. Quando ela faltar, não haverá mais o que fazer.

Os consumidores paulistas e cariocas esperam que as autoridades cumpram seu dever no tocante ao abastecimento de água. E que as ações do setor jamais estejam ligadas ao processo eleitoral. Se a possibilidade da sede do povo vier a sustentar o discurso político, será a mais evidente prova de imaturidade dos nossos governantes e daquele que querem arrebatar seus postos. Garantir água ao povo é obrigação federal, estadual e municipal, tão séria, que não deve ser explorada eleitoralmente...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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