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Medicina e Saúde
14/08/2014 - 18h12
Câncer de pele e cirurgia de Mohs
Guilherme Gadens
 
Câncer de pele: cirurgia de Mohs remove tumor com maiores taxas de cura e o mínimo de cicatrizes

Poucos sabem, mas o câncer de pele é o câncer mais comum de todos no Brasil e no mundo. Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2014, o número de casos da doença deve corresponder a cerca de um terço de todos os casos de câncer no Brasil. Um levantamento realizado recentemente pela American Cancer Society revelou que, nos EUA, são diagnosticados a cada ano mais casos de câncer de pele do que a soma de todos os casos de câncer de mama, próstata, pulmão e cólon (intestino) juntos.

A boa notícia é que a grande maioria dos casos, desde que diagnosticados precocemente, podem ser tratados efetivamente com cirurgia. Dentre os tratamentos cirúrgicos, vem ganhando cada vez mais espaço a cirurgia micrográfica de Mohs. Muito difundida em alguns países (em especial nos EUA), o grande diferencial desta técnica, em relação à cirurgia convencional, está no fato dela permitir a avaliação microscópica das margens do tumor ainda durante o procedimento. Ou seja, no momento da cirurgia já é possível saber se o tumor foi completamente removido ou não e, caso ainda persista, novos fragmentos de pele serão removidos até que o câncer tenha sido completamente erradicado. Na cirurgia convencional, essa avaliação costuma levar dias ou até semanas e, assim, existe o risco de ser necessário uma segunda cirurgia caso o tumor não tenha sido totalmente retirado.

Outra vantagem de avaliar microscopicamente o tumor durante a cirurgia micrográfica de Mohs é a possibilidade de se retirar apenas a pele acometida pelo tumor, poupando ao máximo a pele sadia, favorecendo assim melhores resultados estéticos e cicatrizes menores. Na cirurgia convencional, há a necessidade de se remover uma boa porção de pele que não aparente apresentar tumor, como uma espécie de “garantia” de que a lesão estará sendo eliminada. Por fim, as taxas de cura obtidas com a cirurgia de Mohs também são significativamente superiores à cirurgia convencional. Mas ela também apresenta algumas desvantagens: tempo de cirurgia mais demorado e custos mais elevados. Assim, geralmente é indicada para alguns casos específicos de câncer de pele, como tumores mais agressivos, tumores recidivados e os localizados em áreas com escassez de “sobras de pele”, como nariz, pálpebras e orelhas.

Ainda pouco conhecida no Brasil, a cirurgia de Mohs é considerada padrão ouro (ou seja, tipo de tratamento mais eficaz e indicado) para inúmeros tipos de câncer de pele (exceto melanoma). Nos últimos anos, foi registrado nos EUA um aumento de mais de 400% no número de cirurgias de Mohs e a tendência é que, com o aumento de centros especializados na técnica por aqui, o Brasil passe a realizar cada vez mais este tratamento.


Nota do Editor: Guilherme Gadens é dermatologista da Clínica da Pele Annia Lourenço (www.annia.med.br), de Curitiba.

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