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SEÇÃO
Crônicas
25/08/2014 - 15h01
Desta vez não deu
José Pedro Mattos Conceição
 

Meu irmão reclama um pouco das muitas historietas que conto a respeito dele, mas, na verdade, ele já protagonizou lances muito engraçados, que merecem registro. Costumo contar também as minhas idiotices, portanto, ficamos quites. A vida seria chata se não houvesse escorregadelas e, principalmente, se não tivéssemos o direito de contar e achar engraçado. Como diziam os guris lá de Encantado, pior é a guerra. Não vou contar uma de nossas idas ao badaladíssimo Wunderbar, logo depois da minha separação, lá por 1989. Só vou dizer que pedimos um filé flambado e, não sei exatamente como, Ricardo acabou botando um fogaréu no prato, garçons correndo e jogando água e o charme da nossa presença na noite escorrendo ralo abaixo. Vou contar um outro episódio em que estivemos no mesmo local, em companhia de meu filho, então adolescente. A gente queria se dar bem na noite e ainda, possivelmente, mostrar pro piá como é que se fazia. Wunderbar de sábado à noite atrolhado como sempre, muita gente conhecida, famosa, bonita. A paquera corria solta, mas sempre muito sutil, com modos. Lá pelas tantas, enxerguei duas amiguinhas, não muito bonitas, irmãs de um amigo. Avisei os companheiros de mesa e ficamos na nossa, ignorando a presença das gurias no balcão. Infelizmente, a noite não foi frutífera, mas comemos muito bem, como era regra naquele excelente restaurante. A horas tantas, resolvemos ir embora, até pelo fato de que se armava um grande temporal, que, ao fim e ao cabo, desabou. Não tivemos sorte de partirmos em liberdade; a despeito de todo nosso esforço para despistá-las, as gurias deram um jeito de nos pegar na porta, pedindo carona. O problema não seria propriamente a carona, mas o fato de que eu achava que uma delas tinha algum interesse por mim. Sem nenhuma correspondência. Entramos no carro, as duas atrás com meu filho e Ricardo na copilotagem. O engraçado foi quando as deixamos em casa: uma das gurias, a título de despedida, estendeu o braço para me fazer um carinho com a mão na cabeça, mas eu me abaixara bem naquele momento para ajeitar o banco e ela ficou no ar, com um gesto vazio: meu filho se mijou de rir pelo patético da cena. Então, meu irmão, tomado pela ansiedade ou, quem sabe, pelo constrangimento, resolveu narrar detalhadamente o acontecido, fazendo cara de simpatia e solidariedade: “é, desta vez não deu, ele foi um pouco para a frente.”

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