Quando se fala em Índice de Aproveitamento Escolar, expressão popular, também de caráter científico, devem ser observados diversos aspectos, dentro de um grande conjunto de características que cercam o Processo Ensino Aprendizagem. Os índices utilizados internacionalmente como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), por exemplo, apontam para esse fato. Primeiramente deve-se ter em destaque o objetivo estabelecido pelas Políticas Públicas desenvolvidas ao longo da história e particularmente na contemporaneidade. Certamente, num mundo tão competitivo, a sociedade exige capacidade de competição, por isso o elemento mais questionado é o “resultado final” da aprendizagem, na qual os sujeitos envolvidos perguntam: Nossos estudantes, egressos da Educação Básica, estão preparados para entrar numa universidade e pretender uma formação de alto nível? Como são formados nossos profissionais de nível técnico? Os nossos profissionais estão preparados para “enfrentar” a realidade do mercado de trabalho? Por que nossos índices de aproveitamento escolar são, em média, inferiores até de alguns países cuja Economia é muito menor que a brasileira? Etc. Retomando os objetivos estabelecidos nas Políticas Públicas, verifica-se que na história do Brasil a situação passa essencialmente pela ausência de uma política educacional firme em propósitos. Basta ver que, somente no final de 1961 foi “finalmente” elaborada uma Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. Enquanto outras nações já tinham uma tradição de alto nível educacional, o Brasil engatinhava. Em resumo, pode-se dizer que a Educação no Brasil nasceu, com alguma estrutura de universalização do conhecimento e de formação cidadã “plena”, há pouco mais de 50 anos. Formação precária de professores, baixo nível salarial, escolas desatualizadas da realidade etc., são elementos que compõem estas Políticas Públicas e lamentavelmente, mesmo sendo o Estado mais rico da nação, São Paulo é um bom exemplo deste desacerto. Nossa esperança é a de que o novo Plano Nacional de Educação (2014 – 2024), embora com pontos discutíveis, seja o início de uma nova era (agora de sucesso) de nossa Educação. Nota do Editor: Ítalo Francisco Cursio é coordenador do Núcleo de Ética e Cidadania da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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