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Opinião
28/08/2014 - 17h06
O que será, que será?
Fabio Arruda Mortara
 

No ano em que Chico Buarque completa 70 anos, a composição À flor da terra, de 1976, com suas intermináveis perguntas não respondidas, pode servir de plataforma para as igualmente inúmeras indagações que cercam a queda de competitividade do país. Só para lembrar, aparecemos em 54ª posição no ranking de 60 países analisados pelo International Institute for Management Development (IIMD), em conjunto com a Fundação Dom Cabral. Há quatro anos figurávamos em 38º lugar (o que já seria preocupante em uma economia que detém o sétimo PIB e o sétimo maior mercado consumidor do planeta). Até ali, embora viéssemos perdendo posições frente a países que ganhavam competitividade de forma acelerada, como Coreia, nunca havíamos tido uma queda absoluta como agora, quando perdemos posição em relação a nós mesmos... O que será, que será?

Falta de infraestrutura, juros altos, baixa qualificação da mão de obra, risco de apagão desestimulando investimentos, excesso de tributos e burocracias onerando e inchando as empresas, déficit de tecnologia... Tudo isso faz parte do problema, mas vou me deter no último.

Em 2011, havia alertas de que o déficit tecnológico brasileiro avançava 20% ao ano. Ou ninguém ouviu ou resolveu ignorar aonde isso ia dar, assim como o fato de que empresas com maquinários e tecnologias modernas são mais produtivas. Idem em relação ao presumível sucateamento do parque industrial que poderia resultar da equação mercado interno aquecido + importação para suprir o consumo. Só muito recentemente a presidente da República, Dilma Roussef, anunciou a intenção de promover um “choque de modernidade”, citando que máquinas e equipamentos usados no Brasil têm idade média de 17 anos e chamando os empresários a fazerem sua parte, ainda assim por que foi alertada por importante entidade nacional de fabricantes de máquinas.

A indústria gráfica brasileira está com a lição de casa em dia. Entre 2007 e 2013, apesar de sucessivos resultados negativos, investiu US$ 9,4 bilhões na modernização do parque gráfico nacional, transformando o Brasil em um dos mais importantes players mundiais desse mercado. Importante o suficiente para sediar a ExpoPrint Latin America, que chega à edição de 2014 como quarto maior evento gráfico do mundo, com expectativa de 45 mil visitantes de todo o continente.

Os profissionais e empresários gráficos brasileiros e latino-americanos vão comparecer em massa, reafirmando a crença do setor no futuro da economia, da indústria gráfica e do impresso. As 21 mil empresas do setor gráfico – 96,8% das quais pequenas e micros – continuam ávidas e dispostas e investir em soluções que otimizem produtividade, excelência técnica e processos. Essa confiança encontra sua mais recente expressão no empenho do setor em trazer para o Brasil a campanha mundial Two Sides, que difunde a sustentabilidade da comunicação impressa, conta com a adesão de mais de 40 entidades da cadeia do papel e da impressão e que, fato inédito no mundo, conta com estande na própria ExpoPrint 2014.


Nota do Editor: Fabio Arruda Mortara é presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (SINDIGRAF-SP), coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) da Fiesp, vice-presidente da Confederação Latino-americana da Indústria Gráfica e country manager da Two Sides Brasil.

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