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09/09/2014 - 08h05
A educação dos novos colonizadores [em Ubatuba]
José Ronaldo dos Santos
 
José Ronaldo dos Santos 

Passei na casa da Maria e do Zé para entregar uns carás. É uma iguaria bem nossa, da cultura caiçara. A intenção é multiplicar esse recurso alimentar, afinal trata-se de um cultivo fácil. Mas o assunto aqui é outro, está relacionado à educação formal, pois “a informal nós trazemos do berço”, conforme repetia o Tio Marcelino. Ao ver tantas casas ostentando cartazes de um determinado candidato a deputado, perguntei ao casal:

– O que significa isso? É parente ou conhecido do pessoal da rua?

– Lógico que não, Zé! Cada cartaz desses já rendeu areia, sacos de cimento, blocos e outras coisas. É assim que as pessoas fazem.

Infelizmente essas práticas continuam. O que contribui para esse vergonhoso quadro é a miséria cultural que completa a pobreza material. Com desigualdades assim é impossível o exercício pleno da democracia. É nesse sentido que nos ajudam as reflexões de John Rawls, na sua teoria de justiça social.

Para uma verdadeira democracia, é preciso partir do pressuposto de igualdade entre as pessoas. Ou seja, só é efetivado um processo de escolha democrático quando as chances são iguais para todos. E não é o que se verifica em nosso entorno, na nossa realidade brasileira. Agora mesmo estou pensando nas chances que terão os alunos que saem do Ensino Médio como analfabetos funcionais (de acordo com uma pesquisa recente, eles somam mais de 30% dos concluintes nesse nível escolar). Consequentemente, não terão referências além do senso comum para apurar o processo civilizatório. E ainda: até acharão ruim você ficar se importando com atitudes básicas de civilidade. “Coisas bobas” (depositar lixo no espaço alheio, estacionar carros e motos sobre a calçada, maltratar animais, jogar entulho em qualquer lugar etc. etc.), foi o que disse um sem-noção, meu vizinho: “Você é um ignorante. Fica reclamando por qualquer coisa”. Será que sabe o que é ignorância? O dito cujo, nesse nível de cidadania, merece a cidade que eu idealizo ou a coisa que aí está? Creio que devo promovê-lo a outros adjetivos. Em se tratando de um “evangélico de púlpito”, acho que não custa dizer: “Perdoai-o Senhor, porque é... e não sabe o que faz”.

A propósito: a imagem atesta: o buraco na ciclovia, próximo da capela da Marafunda (Ubatuba-SP), completou dois meses.

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