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SEÇÃO
Crônicas
18/09/2014 - 14h07
Uma boa terapia
Maria Cândida Vieira
 

Poucas coisas são tão terapêuticas quanto assistir a um bom filme, principalmente se nos identificamos com os personagens, seus sentimentos, medos e anseios, porque temos a sensação de que o filme foi produzido especialmente para nós. Quando vemos alguém superar um problema, vencer o vilão ou um desafio, saímos do cinema ou desligamos a televisão com a alma leve, por vermos que não somos os únicos a enfrentar problemas na nossa vida e, se as pessoas que vemos, sendo reais ou imaginárias, conseguem contornar os desafios que lhes aparecem, por que nós não? Esta é a pergunta que fica martelando em minha cabeça como uma advertência, principalmente após assistir a um bom drama.

E o filme Confia em mim, com Fernanda Machado e Mateus Solano, exerce uma ótima função catártica ao mostrar como a protagonista Mari, muito bem interpretada pela bonita Fernanda, vai lutando e conseguindo achar seu caminho ao longo da história. No filme, Mari é uma jovem e talentosa chef de cozinha que está num emprego do qual não gosta muito, visto que seu arrogante patrão a maltrata continuamente, não reconhece seus esforços e ainda poda a sua criatividade em inovar nos pratos que ela prepara.

Enquanto luta para crescer no trabalho, Mari conhece Caio, um homem charmoso que parece perfeito demais para ser verdadeiro e tem todas as qualidades que uma mulher procura num companheiro: é bonito, educado, carinhoso e valoriza o talento de Mari, chegando mesmo a estimulá-la a ter seu próprio restaurante. A início, Mari reluta, porque está insegura, mas acaba aceitando a ideia dele e pede dinheiro à mãe para abrir seu negócio. Porém, o que parecia tão perfeito logo se revela um pesadelo: Caio some com seu dinheiro e Mari percebe que foi enganada. A partir daí, vemos o inferno emocional da personagem: apenas sua amiga, Terê, dá-lhe apoio emocional e tenta fazê-la sair da depressão. Ela procura a polícia, que a trata com desdém e sua mãe e sua irmã falam dela com piedade, dando a entender que a consideram uma idiota.

Mas Mari vai, aos poucos, conseguindo sair da inércia provocada pelo golpe sofrido. Caio reaparece e ela, em colaboração com um policial, Vicente, que foi o único a tratá-la bem e levá-la a sério, resolve ajudar a prendê-lo e ainda tem a chance de mostrar seu enorme talento como cozinheira, ganhando o respeito até do seu prepotente chefe, o que faz os espectadores se sentirem como se estivessem ouvindo: “Está vendo? Ela conseguiu vencer. Então, todos nós podemos.”

No fim do filme, vemos que, ainda que pareça que perdemos tudo, ainda podemos seguir em frente, achar nosso caminho e vencer os problemas que nos aparecem. Além disso, o golpe que pensamos que tinha tirado toda nossa energia serviu para nos fortalecer e amadurecer. Se fomos capazes de sobreviver, somos capazes de prosseguir.

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