A economia está em crise, o Oriente Médio não encontra mais solução para a violência, a água está faltando e o Ebola já matou mais de mil pessoas na África. Esses são os argumentos que mais tenho ouvido da boca de quem me diz que o mundo está acabando. Será? E o que eu devo fazer se o mundo estiver realmente acabando? Fazer tudo o que eu nunca fiz até agora? Dizer às pessoas ao meu lado o quanto elas são importantes para mim? Esperar que o mundo acabe? Pensando bem, do que adiantaria ficar aterrorizada?

Quando penso no Ebola, lembro que a Peste Negra matou grande parte da Europa e todos os que viam a desgraça proporcionada pela doença estavam convictos de que o mundo acabaria; ao pensar no aquecimento global, penso que o mundo já passou por uma Era do Gelo e, muito provavelmente, por dilúvios. Os dinossauros não teriam sido exterminados por um meteoro que atingiu a Terra? Obviamente, tudo isso são especulações e, como não sou detentora da verdade e do conhecimento, não me cabe dizer que o que está acontecendo prova que o mundo vai acabar nem que o que aconteceu prova que o mundo já passou por mudanças drásticas em seu clima e geografia, mostrando-nos que não há razões para nos apavorarmos.

A verdade é que o ser humano tem uma estranha fascinação por teorias apocalípticas. Quantos filmes, livros e especulações, fictícios ou não, já não foram produzidos sobre a probabilidade do fim do mundo? E adianta nos apavorarmos, visto que nossas atitudes não influíram em nada do que pode vir a acontecer?

Se o mundo vai acabar, eu, que sei tão pouco das coisas, nada posso dizer. Então, vou correndo atrás dos meus sonhos, lutando por um mundo melhor e mostrando às pessoas que eu amo que elas são essenciais na minha vida para que meu tempo aqui não seja passado em vão. Isso é tudo que posso fazer.