“A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.” (Paulo Freire in: Cartas à Cristina, 1994.) Tenho carregado algumas bandeiras na vida e é comum, ao longo da caminhada, sentir o quanto pesam. Nesse caso, olho em volta, pois quem sabe há alguém para dividir seu peso comigo... E como tenho encontrado gente solidária por onde ando! Viver numa democracia, se é que alguém ainda se dá ao trabalho de pensar no que isso significa, é algo caro e especial e nunca abri mão do momento de escolher quem vai conduzir os destinos da política no município, no estado e no país em que habito, trabalho, vivo e construo meus afetos. E, tenham certeza que não é a desonestidade, não é a mentira, não é a roleta russa da política em todos os escalões e poderes que irá me fazer naturalizar estes comportamentos nocivos e achar que “tudo é assim mesmo”, “que nada muda”, “ninguém presta”. O processo eleitoral não é unilateral e sua lisura deve também ser responsabilidade minha, como eleitora, e não apenas dos candidatos, das instituições. Ser uma pessoa conscientizada me faz ser mais ainda responsável, comigo e com quem, vez ou outra ou quase sempre, divide o peso das bandeiras que carrego. Em contraponto, pergunto que direito tem de reclamar, de exigir seriedade de quem quer seja, quem escolhe sem critério, e pior, quem se omite? Se não me acomodo, se me mobilizo, se não me omito é porque minha consciência cidadã não permite que eu esqueça que "VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA!"
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