14/08/2025  03h31
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
07/10/2014 - 18h06
Coalizão e ética no segundo turno
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Conhecidos os candidatos ao segundo turno, começa a maratona de realinhamento de forças. É o momento onde ocorrem as negociações e coalizões. Os concorrentes vencidos na etapa inicial serão chamados a se alinharem com um dos dois finalistas, somando os votos necessários à eleição. Espera-se que essas negociações ocorram todas em alto nível e visando exclusivamente o melhor para o país e a população. E que todos os participantes das ditas coalizões não estejam imbuídos apenas do desejo de poder, mas tomados pelo propósito de participar e servir a causa pública. Quem ajuda a eleger tem, mais do que o direito, o dever de participar do governo e esforçar-se para que os objetivos e programas sejam cumpridos.

A coalizão, nesse momento, é normal, pois tem o objetivo de levar à eleição. Seus participantes devem ter mais responsabilidades do que direitos, pois não se deve esquecer que o exercício da política e da função pública tem de ser encarado como serviço relevante à comunidade. Já, quando realizada depois de concluídas as eleições, como tem ocorrido no Brasil das últimas décadas, cheira a estelionato eleitoral, pois leva os eleitos a traírem aquilo que prometeram na campanha e conduzem a postos-chave do governo figuras que postularam postos eletivos e foram rejeitados pela população. Nesse caso, fere-se o princípio da representação popular e elimina-se a salutar função fiscalizadora inerente aos membros do Poder Legislativo e aos líderes não eleitos. Como “empregados” ou “sócios” do governo, eles jamais o fiscalizarão.

Além de mantidas as coalizões no nível ético – sem o loteamento prévio ou a criação de postos para acomodar os novos parceiros –, precisamos, no segundo turno, de uma campanha propositiva. Em vez de recorrer ao marketing da desconstrução do adversário, aplicado durante o primeiro turno, os dois candidatos restantes devem dizer claramente ao povo o que pretendem fazer para enfrentar aos grandes desafios nacionais e regionais. Não basta dizer que vão manter empregos, promover o desenvolvimento, dar escola e outras coisas do gênero. É preciso dizer como fazer isso. Dar mostras à população do que pretendem realizar para melhorar a vida de cada um dos brasileiros. Quanto aos casos de corrupção, desvios e outros malfeitos, basta garantir que o Ministério Público e a Justiça terão total liberdade para apurar e punir os responsáveis. Nada mais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.