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Opinião
11/10/2014 - 07h09
Petrobras, mensalões, metrôs...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A população assiste, assustada, as confissões-delações do ex-diretor da Petrobras e do doleiro preso, que revelam detalhes do funcionamento da quadrilha político-partidária que desviou milhões da estatal petrolífera. A corrupção é escancarada, assim como os corruptos. Pior é que essa dinheirama foi entregue aos partidos políticos que, pela natureza e por finalidade, deveriam ser instituições acima de qualquer suspeita e só ter em seus quadros gente reconhecidamente honesta, em condições de assumir posições da mais alta responsabilidade na vida nacional.

O mar de lama está lançado a céu aberto. Hoje já sabemos que os partidos políticos e seus membros utilizam o dinheiro sujo da corrupção. É preciso apurar séria e detalhadamente como ocorreu a sangria da Petrobras, quais as atividades exercidas por seus dirigentes, que influência tiveram os partidos políticos, as empresas e todos os participantes desse malfadado esquema. É importante se conhecer, principalmente, a identidade do mandante pois, se não houver mandante, aí sim, tudo estará perdido, pois sem o controle e fiscalização política e judiciária, o caos estaria instalado, com cada um roubando o que quer do Brasil, numa bandalheira institucionalizada. Apurada a participação, cada um deles, na medida do seu envolvimento, tem de ser enquadrado e processado para, na medida do possível, se fazer a devolução daquilo que foi pilhado da empresa, sem prejuízo das sanções penais que couberem a cada caso. Talvez seja necessário ampliar o número de vagas nas cadeias.

O Judiciário que, apesar das manobras protelatórias, colocou na prisão os operadores do mensalão petista, precisa fazer o mesmo com os do mensalão mineiro e não pode deixar passar impunes os saqueadores da Petrobras, que agora começam a ficar explícitos. Da mesma forma, não devem restar ilesos os participantes do cartel do trem paulista e de todos os demais escândalos de corrupção e malversação do dinheiro público que forem surgindo.

De outra parte, precisamos urgentemente encontrar uma fórmula consistente de custeio dos partidos e das campanhas eleitorais, que não podem continuar se mantendo através do saque, do caixa dois e do dinheiro sujo. Também é preciso encontrar meios mais seguros de administração pública, que livrem os governos e principalmente as empresas estatais daqueles que, via acordo político, são guindados aos postos com a nefasta tarefa de saquear. Sem essas providências, jamais seremos, um dia, um país sério.

Em tempo: que nada disso seja confundido com campanha eleitoral. Tudo tem de ser tratado como caso de polícia e de justiça, e precisa chegar a uma conclusão...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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