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Opinião
16/10/2014 - 17h01
Tabaco
Luiz Carlos Bhering Nasser
 
Importância e futuro combustível a impulsionar motores a jato

O tabaco (Nicotiana tabacum L.), registro científico atual de 77 espécies e cinco híbridos, tem a origem na América do Sul, vales orientais dos Andes Bolivianos/Peruanos e foi difundido na região por indígenas Tupi-Guarani e posteriormente nas Américas Central/Norte.

Em 1492, Colombo constatou que os índios fumavam folhas, em 1530, plantas de tabaco foram levadas para a Europa e cultivadas pela família real portuguesa pela sua função medicinal e aspecto ornamental.

Um século depois de sair das Américas e difundido para outros países europeus, África e Ásia, o tabaco passou a ser conhecido e usado no mundo inteiro. Logo que chegou à Europa, o tabaco alterou imediata e dramaticamente o contexto da política econômica dos governos, tornando-se a maior fonte de renda dos cofres públicos.

Embora o uso do cigarro tenha tomado enormes proporções a partir da Primeira Guerra Mundial, apenas em 1960 foram publicados os primeiros relatos científicos que relacionavam o cigarro ao aumento da incidência de câncer, infarto e outras doenças no fumante habitual.

Atualmente cientistas de governos e empresas estão trabalhando para abastecer aviões de motores, inclusive jato, com biocombustível derivado de uma nova espécie do tabaco. Encontrar alternativas de combustíveis é um objetivo para a indústria aérea, porque o combustível é a maior despesa de uma companhia aérea. Além das economias financeiras, estima-se que biocombustíveis podem reduzir a pegada de carbono global da indústria em 80%.

Para um biocombustível fazer sentido, a fonte (espécie de tabaco apropriada) deve ser cultivada localmente, visando minimizar os custos de transporte e da pegada de carbono. Deve-se considerar que as companhias aéreas não irão de repente parar de usar combustível convencional, porque a mudança deve ser feita de forma gradual, descrevem os especialistas. Usando o biocombustível do tabaco é bom para o planeta e imagens públicas das companhias aéreas. O maior problema das companhias aéreas: os custos de combustível; em 2012, as companhias aéreas do mundo gastaram 209 bilhões de dólares americanos, em combustível convencional (grande parte, querosene para motores a jato) sendo o combustível 33% dos seus custos operacionais. Se eles mudarem para biocombustíveis agora, esse número dispararia: o material feito a partir de plantas que está sendo usado até agora é mais caro do que o querosene de aviação tradicional a jato, daí a necessidade de planejamento, produção, disponibilização e uso de fontes alternativas de combustíveis renováveis, sendo assim a maneira de reduzir os custos dos biocombustíveis é expandir a oferta.


Nota do Editor: Luiz Carlos Bhering Nasser, membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e professor coordenador do curso de pós-graduação de Análise Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do UniCEUB/DF.

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