Na apresentação, na Câmara, dos cem dias da nova administração tivemos confirmações que avalizaram a Administração Anterior da Secretaria Municipal de Educação e o que já escrevemos nas duas cartas abertas à Secretária Municipal de Educação e em outros artigos. Salvo as secretarias de Turismo e Esportes pouco foi apresentado, porque pouco foi feito. Foram cartas de intenções. Na Secretaria de Educação nem isso aconteceu. Para nosso conforto e íntima satisfação, tanto a Srª Secretária quanto a Coordenadora de Educação Infantil, convocada especialmente para o fato, confessaram, alto e bom som, não conhecerem a Rede Educacional quando assumiram seus cargos e que estavam conhecendo os problemas com o passar do tempo. As soluções não encontraram. Essas afirmativas retiraram-lhe autoridade para tudo o que falariam e exporiam a seguir tentando desqualificar a Administração Anterior da Secretaria Municipal de Educação. Todos sabemos que em havendo intenção de denegrir e maldade para fazê-lo, um filme de horror pode ser montado em qualquer ambiente. A Srª Secretária foi prudente e confessou que nada além das rotinas de todo início de ano tinha sido realizado. Tendo declarado, previamente, que não conhecia a Rede Educacional e os processos de atribuição de aulas, são perdoáveis algumas incorreções. Já a Coordenadora de Educação Infantil, destacada para enxovalhar a Administração Anterior, devidamente treinada, municiada com filme de horror, quebrando o protocolo da apresentação (só falariam Secretários), após a benção prévia e os calorosos cumprimentos após o feito, do pastor de sua igreja, extrapolou no desconhecimento da História da Educação do Município de Ubatuba. Não sabe quando houve avanços, quando retrocessos e os protagonistas de uns e outros. As manifestações de repúdio (vaias) ocorridas nos fundos da Câmara devem ser indicadores de seu procedimento injusto e falto de profissionalismo. Analisando sua fala percebe-se que desconhece que a umidade relativa do ar, em Ubatuba, é de 60%, em média, e pode chegar a 80% e a 100% (saturação) e que os ambientes fechados ou pouco ventilados emboloram, mofam e devem ser constantemente limpos e tratados adequadamente. Ignora que o lençol freático é alto, as fossas enchem e tem que ser esgotadas freqüentemente, principalmente após as grandes chuvas. Não parou para pensar que os funcionários das creches precisam ser orientados nos processos de limpeza e receberem materiais adequados para fazer os serviços. No seu fanatismo, destruidor do passado, não teve capacidade para refletir que, até o momento, ela e a administração à qual pertence, não conseguiram fazer nada, na área da educação. Não conseguiram manter o que receberam, comprar os móveis, esgotar as fossas, contratar uma única obra. Conseqüentemente as crianças da Creche Centro foram atendidas, em janeiro e fevereiro, na casa que a Administração Anterior alugou e adaptou. Agora estão sendo atendidas na Elektro que a Administração Anterior desapropriou, passou a escritura e pagou. As crianças da Estufa II foram deslocadas para a E. M. Maria Josefina Giglio Silva que a Administração Anterior construiu e conservou para atender o ensino fundamental e que, vocês detratores dessa administração, estão usando com prejuízo dos alunos de 1ª a 4ª séries, privados que foram da sala de artes e do estacionamento coberto de bicicletas. Esse fato decorre, claramente, de sua incompetência já que a creche foi deslocada aos 26 de março de 2005 ou após quase três meses da atual administração. O que a Srª Coordenadora falou da E. M. Bela Vista-Marafunda, atualmente Prefeito Silvino Teixeira Leite, ultrapassa os limites da ignorância dos processos e procedimentos administrativos. A obra estava em processo de acabamento no dia 31-12-04, não foi recebida pela Administração Anterior e a responsabilidade pela sua fiscalização foi transferida para a nova administração. As falhas e os acabamentos faltantes cabe ao fiscal da Prefeitura cobrar da empresa construtora. Por tudo o que expusemos ficou patente que estavam procurando "pelo em ovo" para infamar o trabalho realizado entre 2001 e 2004 e transferir a incompetência, ausência de organização, de planejamento e de pessoas preparadas para realizar os serviços, atualmente existentes, na Secretaria, para a Administração Anterior. O que mais deixou horrorizados parte dos presentes, até cargos em comissão da atual administração, foi afirmativa da oradora dizendo que as creches tinham estado abandonadas e seus funcionários não tinham sido treinados em serviço. Não conseguiram suportar tamanha mentira e leviandade. Afirmaram que a Srª Coordenadora devia ter estado surfando em outras praias. Durante três anos houve treinamentos constantes ministrados pela Fundação Orsa e por outros convidados. Todos os funcionários participaram desses treinamentos. Para concluir transcrevo parágrafo consignado, no "Prestando Contas", publicado aos 11-12-04, já prevendo o que ia acontecer e por conhecer um pouco o passado e o presente de Ubatuba e a maldição de Cunhambebe. "É de espíritos pobres e sem grandeza negar ou desmerecer aquilo que foi feito e tem qualidade. Não pensem esses espíritos que as obras da educação estão acabadas e deverão parar. A educação é um processo em desenvolvimento e crescimento em nosso município e terá que ser acompanhado com bastante atenção e cuidado até, como previsto, no Plano Decenal Municipal de Ubatuba, todas as crianças de 06 (seis) meses a 16 (dezesseis) anos estarem matriculadas e freqüentando uma escola de qualidade". A partir de 03-01-05 não houve esses cuidados e as conseqüências estão aparecendo. Maiores virão se não forem colocadas pessoas competentes e do ramo para cuidar dos mais de 50 (cinqüenta) prédios escolares e de outros que já deveriam estar em construção. A montagem do filme de horror foi realizada após 26 (vinte e seis) de janeiro de 2005. Os responsáveis pelos horrores são os atuais administradores. Não há como delegar essa responsabilidade e procurar outros culpáveis. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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