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Opinião
23/10/2014 - 07h00
O dever de servir água à população
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

São Paulo e dezenas de municípios da região sudeste sofrem com a falta d’água. Os operadores do sistema não estavam preparados para enfrentar estiagem como a vivida neste ano. Mas isso não os isenta de responsabilidade. Existem, ao redor do mundo, inúmeros modelos técnicos para administrar diferentes regimes hídricos. Em algumas regiões há excesso, que provoca cheias e danos, em outras verifica-se a seca que desabastece a população e prejudica as atividades correlatas. Para tudo há uma solução disponível.

Na nossa região, vivemos o drama das cheias. Mas isso não é a garantia de termos água em abundância. Faltou planejamento e a adoção de medidas de longo prazo para evitar que os reservatórios – os da Cantareira, principalmente – se esvaziassem. Com certeza, esse processo de esvaziamento foi longo e poderia ter sido administrado com medidas de contenção do consumo, remanejamento de fontes abastecedoras e outras medidas. Mas, pelo que nos é dado a ver, em vez de medidas técnico-administrativas, preferiu-se a cômoda situação de aguardar pelas chuvas, que não vieram na quantidade esperada.

Em proporção menor que na região metropolitana paulista, o problema se repete em praticamente todos os municípios onde hoje falta água. Os responsáveis pela captação, tratamento e distribuição simplesmente coletam o líquido mas pouco ou nada fazem para preservar os mananciais e, principalmente, para racionalizar o consumo. Os sistemas são arcaicos, as redes cheias de vazamentos e a população mal educada quando ao uso. A somatória só poderia ser desastrosa.

Agora vemos as autoridades federais e estaduais discutindo responsabilidades e até uma oportunista que fala em nome da ONU vir aqui criticar. Nada disso resolve o problema. Em vez de discutir e politizar a questão, cada um deveria olhar para o próprio umbigo, procurar saber onde falhou e tentar fazer algo para mudar o quadro. Com a urbanização crescente há uma série de medidas indispensáveis para se garantir o abastecimento de água à população. Por uma série de razões, o Brasil tem sido negligente nesse setor, como já o foram dezenas de países hoje desenvolvidos, que pagaram caro pela negligência. É preciso seriedade e trabalho e entender que quando o povo estiver com sede não será fácil dividir as responsabilidades. Serão culpados todos os governos (municipal, estadual e federal) e até os organismos internacionais que fazem conferências, se intrometem politicamente, mas pouco fazem pela solução...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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