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Crônicas
27/10/2014 - 09h01
Em sã consciência
Adilson Luiz Gonçalves
 

Diz Paulinho da Viola: “As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender”.

De fato, as coisas estão por aí, aguardando que alguém as capte. É da natureza humana!

No entanto, é preciso estar “antenado” com a natureza e a humanidade. Melhor seria dizer: estar em comunhão, pois somos parte de ambas.

Primeiro, é preciso saber usar todos os sentidos para termos ciência de nós mesmos e do meio em que vivemos. Depois, é preciso ser inteligente, no sentido estrito da palavra, ou seja, ter capacidade de interligar as informações recebidas e percebidas, estabelecer nexos e conexos indispensáveis à compreensão, conclusão e decisão.

Inteligentes todos são, mesmo que em diferentes níveis, exceção feita a casos patológicos específicos. É da natureza humana! Aliás, existem múltiplas inteligências.

No entanto, tomar a melhor decisão extrapola o limite da inteligência, para adentrar na seara da sabedoria.

A inteligência seria inata. Já a sabedoria advém da vivência consciente, lapidada por valores consistentes, não necessariamente imutáveis, e pela capacidade de aprender e depreender isenta de preconceitos, tanto quanto possível.

Consta que Immanuel Kant afirmou: “O sábio muda de opinião. O idiota, nunca!”.

Pois é... Essas coisas também estão por aí, desde que o mundo é mundo.

Alguns precisam ler as obras de grandes filósofos e pensadores para entenderem – ou tentar entenderem – suas teorias. Pesquisadores escrevem livros sobre uma frase deles. Outros as descobrem e aplicam naturalmente.

Aliar cultura, inteligência e sabedoria seria o ápice da humanidade, desde que associado ao amor, como nos lembra Co 13:1.

Freud captou, estudou e conceituou o Inconsciente Pessoal, que alguns definem com o que não sabemos de nós mesmos, mas governa parte de nossas vidas, aflorando de tempos em tempos, em sonhos, atos falhos, distúrbios psíquicos ou somatizações.

Já Jung, discordando de algumas ideias de Freud, criou a Psicologia Analítica ou Arquetípica, que distingue o inconsciente em pessoal e coletivo. O inconsciente coletivo, de uma forma simplista, seria a influência do meio sobre o indivíduo, influência que pode ser “plantada” pela doutrinação. Quando impregnado por traumas e recalques, ele pode atingir o limite da histeria coletiva, explosão às vezes induzida e controlada por terceiros, com intenções específicas.

É o que se vê em militâncias políticas, religiões extremistas e torcidas organizadas; em certos “marketings de rede”, publicidades e por aí vai. Todos exploram maliciosamente mecanismos psicológicos de manipulação e condução de seres humanos.

Suas “vítimas” incautas, inocentes ou indefesas, têm a inteligência prejudicada, pois a racionalidade fica comprometida pelos “freios” impostos, geralmente aos gritos e palavras de ordem, usando e abusando de recursos de PNL. Normalmente, as pessoas tornam-se meras “estações repetidoras” de opiniões “pasteurizadas”, “portas” que esbravejam e agridem quando são questionadas em suas crenças, demonizando qualquer um que não siga seu “breviário”.

Sabedoria...

Até que ponto temos certeza do que cremos? Até que ponto somos capazes questionar racionalmente as “verdades” que nos impõem?

Para responder a essas questões, é preciso estar em sã consciência!

Mas, como dizia Renato Russo: “Nos deram espelhos e vemos um mundo doente!”.

Doenças sociais que alguns preferem perversamente cultivar, espalhando ódio para atingir seus objetivos a qualquer preço! Preço que a humanidade paga, inconscientemente...


Nota do Editor: Adilson Luiz Gonçalves, membro da Academia Santista de Letras, é mestre em educação, escritor, engenheiro, professor universitário e compositor. E-mail: prof_adilson_luiz@yahoo.com.br.

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