07/05/2024  22h48
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
30/10/2014 - 07h03
Que seja um bom começo...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Mais do que sustar a validade do decreto nº 8243, que submete a administração pública aos conselhos e retira poderes do parlamento, a aprovação do projeto do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), na Câmara dos Deputados, pode representar o começo de um novo tempo para aquela casa, cuja função constitucional é representar o povo e em seu nome legislar e fiscalizar os atos do governo. O decreto combatido traz em seu bojo a nítida minimização dos poderes do Congresso Nacional na medida em que recolhe à linha de decisão governamental os conselhos que, pela própria natureza, podem ser criados por pequenos grupos ou até gestados nas ante-salas do próprio governo ou de seu esquema de sustentação política.

Espera-se que essa postura dos deputados, de rejeitar o decreto, não seja a “birra pós-eleitoral” dita pelo líder do PT, deputado Vicentinho, ou – pior ainda – apenas uma valorização do passe para vendê-lo mais caro na hora da formação do novo governo e da sua fisiológica maioria parlamentar. O procedimento adesista de partidos e parlamentares, adotado desde o começo da abertura democrática, é o grande responsável pela má imagem que hoje a população faz em relação ao Poder Legislativo. Quando recebem cargos e benesses e, em troca, passam a votar conforme os interesses do governo e não da população e das regiões que os elegeram, deputados e senadores perdem a representatividade e o grande perdedor é o país, que fica à mercê da vontade do governo. E o governante, com esse expediente, situa-se na área de conforto, sem ser questionado e nem ter cobrada sua eficiência.

O eleitor não deve se esquecer o nome dos deputados e senadores em quem votou. Pelo contrário, é bom acompanhar o seu trabalho e cobrar quando não o fizer de acordo com as propostas feitas na hora em que pediu seu voto. O senador Aécio Neves, com o seu desempenho nas eleições presidenciais, tem o dever de fazer o contraponto no Congresso e, com a oposição, realizar um trabalho construtivo de fiscalização do governo e avanço das reformas que o país necessita. É a grande hora de fazer as reformas que o Brasil precisa acima dos interesses partidários ou ideológicos. A Nação deve prevalecer sobre grupos, partidos e segmentos. A democracia tem de ser um bem de todo o povo e não só da classe política, de partidos ou de aproveitadores. Quanto aos conselhos, que sejam apenas consultivos, pois os poderes constitucionalmente estabelecidos são apenas três: Executivo, Legislativo e Judiciário...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.