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Crônicas
01/11/2014 - 08h00
Não sou avestruz
Zélia Maria Freire
 

Daqui desta minha janela fico matutando sobre o que leio, escuto e vejo. O somatório disto tudo me leva quase sempre a uma visão crítica carregada de uma certa ironia, reconheço. O que sei ser extremamente perigoso, a ironia em excesso tende a irritar o leitor e a ironia deselegante, canhestra ou forçada ridiculariza o autor. É o que nos ensina Helena Montezzuma em seu “Noções de Estilo”.

O que se há de fazer, quando a ironia me assalta e o desejo de falar me domina? Ainda não fui contaminada com a “Epidemia do Conformismo”, não sou avestruz, não consigo enterrar a cabeça. Por certo que não sou nenhuma águia, mas a impressão que se tem é de que para qualquer lado que o olhar for direcionado, percebe-se que neste país nada funciona a contento. Nada visa o bem-estar comum.

Se é para desabafar... Começo reconhecendo que ainda não atingi completamente a fase do pensamento próprio, mas tem nada não, Nietzche também passou por isto, assim sendo, lá vou eu apelar para Thomas More, para explicar pela boca do jovem Rafael Hitlodeu no Livro Primeiro de “A Utopia”, o que eu gostaria de dizer a uma rainha ou rei qualquer: “A dignidade real não consiste em reinar sobre mendigos, mas sobre homens ricos e felizes; saciar-se em meio às dores e gemidos de um povo, não é manter um reino e sim uma cadeia; o médico que só sabe curar as moléstias de seus clientes dando-lhes moléstias mais graves, passa por ignaro e imbecil. Por isso eu vos peço, confessai, ó vós que não sabeis governar senão arrebatando aos cidadãos a subsistência e as comodidades da vida! Confessai a vossa incapacidade de dirigir homens livres!”

De resto... é aguardar para ver o comportamento da nossa “flautista mágica”, encantadora de excelências, só espero que o destino dos encantados não seja o mesmo dos ratos da história infantil.

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