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Opinião
04/11/2014 - 11h04
Tarifaço, governabilidade e esperança
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Terminada a fantasiosa e extremada campanha eleitoral, o brasileiro experimenta agora o período das “maldades”. Distante das próximas eleições, o governo toma neste momento as medidas impopulares, muitas delas retardadas para não prejudicarem o desempenho próprio ou de seus aliados nas urnas. Proclamado o vencedor, já tivemos o aumento dos juros, a confissão de descontrole na inflação e toda uma gama de informações de baixo desempenho econômico, cuidadosamente maquiada ou até escondida pelos marqueteiros de campanha. Mas sempre foi assim. Muitos ainda lembram do Plano Cruzado, que andou até confiscando boi no pasto e manteve o congelamento de preços até 15 de novembro de 1986, quando o partido do governo (então o PMDB) elegeu os governadores dos principais Estados e quase dois terços da Câmara dos Deputados, do Senado e das Assembléias Legislativas estaduais. Seis dias depois, em 21 de novembro, o governo lançou o Plano Cruzado II, e voltou a inflação.

Os governantes eleitos precisam resgatar e materializar aquilo que propuseram em campanha, sob pena de, se não o fizerem, enfrentar problemas. As manifestações ocorridas nos últimos dias em diferentes pontos do país são, de certa forma, preocupantes. Supõe-se que o resultado das eleições é a vontade do povo. Mas se este vai às ruas em protesto, é um problema criado e à espera de solução. A presidente e os governadores precisam prestar atenção nisso e adotar medidas de pacifiquem ou, pelo menos, devolvam a confiança à sociedade.

Há que se ouvir a voz das ruas tanto para atender seus reclamos quanto, se for o caso, para enfrentar e combater seus excessos. Tudo em nome da estabilidade e da própria democracia. O Brasil recentemente saído das urnas é mais exigente e quer transparência absoluta. Negar-lhe isso pode ser perigoso.

Dilma e os governadores têm de ser muito hábeis para governar e atender a pauta de reivindicações populares. O parlamento – Senado, Câmara dos Deputados e Assembléias Estaduais – têm uma grande responsabilidade neste momento e não pode ignorar a necessidade de se estabelecer um grande pacto nacional pela governabilidade e pela solução dos graves problemas que acometem o país. É preciso olhar mais para o horizonte e menos para o próprio umbigo. Independente de quem governa, o povo quer trabalho, educação, saúde, segurança e todos os serviços que o governo tem obrigação de lhe prestar. Sem isso, a governabilidade poderá se tornar, cada dia, mais difícil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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