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Crônicas
06/11/2014 - 09h10
Nunca quis ser a filhinha perfeita
Maria Cândida Vieira
 

Eu sempre ajudei minha mãe nos trabalhos domésticos e isto me rendeu problemas com meus dois irmãos. Com frequência, ficavam me chamando a puxa-saco, a que posava de santinha e filhinha perfeita. Não, eu nunca quis ser a filhinha perfeita. Acontece que eu vejo que manter uma casa limpa e arrumada dá muito trabalho e penso que não é justo que apenas uma pessoa se ocupe de uma casa. Acredito que ajudar a mãe nos serviços domésticos não é ser boazinha, é ser justa. E todos os que vivem numa casa deveriam se preocupar em conservá-la, pois ela é responsabilidade de todos que vivem nela.

Infelizmente, a maioria das pessoas pensa que uma casa não dá trabalho e tem a ideia equivocada de que uma dona-de-casa (minha mãe é uma) não tem o que fazer, não se dando conta de que cansa muito varrer, lavar pratos, cozinhar, tirar o pó dos móveis, comprar a comida para a casa, cuidar dos animais de estimação (temos uma gata, um coelho e vários periquitos) e colocar o lixo para fora. Estes são trabalhos que exigem senso de organização, planejamento e administração do tempo.

Mas também é bom lembrar que as pessoas hoje estão muito egoístas. Mesmo os filhos, vendo que as mães estão cansadas de carregar a casa nas costas, podem não se importar, adotando a atitude “não sou eu que estou me cansando, por que me incomodar?” e, além de não ajudar, aumentam o trabalho das mães, deixando roupas espalhadas pela casa, o banheiro alagado, não tirando o prato da mesa. Isso já não é privilégio nem mesmo dos rapazes. Muitas filhas estão assim e não é raro vermos filhas adolescentes acordando tarde e ficarem de camisola na cama, vendo as mães varrendo, passando o pano no chão e colocando a roupa para lavar.

Muitas vezes, eu briguei com minha irmã que, com mais de 20 anos, ficava deitada no sofá, de camisola até às cinco da tarde, vendo-nos varrer e limpar a casa. Por muito tempo, tive que dividir um quarto com ela, que deixava roupa espalhada e nunca arrumou sequer a própria cama. Aliás, meu pai queria que eu arrumasse a cama dela, o que eu me neguei a fazer, recebendo injustamente as qualificações de egoísta e preguiçosa, o que fez com que eu me sentisse revoltada.

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