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Medicina e Saúde
09/11/2014 - 16h10
É hora de mudar: campanhas demonstram tabu
Nereida Salette Paulo da Silveira
 

Outubro se foi. A cor rosa será trocada pelo azul de novembro. Um movimento conhecido internacionalmente como “Movember”, resultado da união das palavras Moustache (bigode) e November (novembro), desafia os homens a deixar o bigode crescer neste mês para alertar o público que agora é o momento de se concentrar sobre os problemas da próstata e saúde deles. No Brasil o movimento foi também apelidado de Novembro Azul, talvez para fazer um paralelo ao Outubro Rosa.

O câncer de próstata, apesar de sua alta probabilidade de cura, 90% quando detectado nos primeiros estágios, é a segunda maior causa de morte por câncer em homens, atrás somente do câncer de pulmão. Estima-se que em 2014, poderá matar até 12 mil brasileiros.

Atrás desta alta mortalidade encontram-se preconceitos e desinformação. O exame de toque retal e o PSA (prostatic specific antigen) são formas de diagnóstico complementares. Uma não substitui a outra. O primeiro, no entanto, ainda é visto como um procedimento que pode ser dolorido e que fere a masculinidade.

Ainda que carregadas de boas intenções, ambas as campanhas são exemplos clássicos de como as atitudes em relação ao gênero em nossa sociedade tornam difícil falar sobre saúde sexual. Necessitamos incorrer em eufemismos e, ainda pior, os propósitos bem-intencionados destas campanhas são rapidamente apropriadas pelas ações de marketing. Assim a romantização do rosa e a masculinização do bigode podem ser apenas peças publicitárias associadas a produtos e que não atingem de fato seu objetivo, que é conscientizar a todos, homens e mulheres, dos maiores problemas e principais causas da alta mortalidade nestas doenças tratáveis: a desinformação e o preconceito.

Seja você um homem ou mulher, fazer check-ups anuais e exames preventivos são as coisas mais importantes a fazer para se manter saudável. Deixar crescer um bigode ou usar uma fita azul, rosa ou arco-íris, por mais simpático que possa ser à causa, não vai fazer isso por você.


Nota do Editor: Nereida Salette Paulo da Silveira, é professora da Universidade Mackenzie Campinas. Desde 2005 atua como pesquisadora nos temas: diversidade, gênero, mulheres nas organizações, diversidade etária, diversidade sócio-econômica, cultura e inclusão. É doutora em Administração de Empresas na linha de Gestão Humana e Social. Possui bacharelado em Psicologia e especialização em Administração de Negócios e Recursos Humanos.

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