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Opinião
20/11/2014 - 07h01
Os beneficiários do `petrolão´
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Cinco empresários continuam no regime de prisão preventiva e 11 – que estavam em prisão temporária – foram libertados pela Operação Lava-Jato, que também mantém presos o doleiro Alberto Youssef e ex-diretores da Petrobras. Pela estimativa do banco americano Morgan Stanley, o esquema sangrou a estatal em R$ 21 bilhões, o equivalente ao lucro operacional de um ano. Nunca na história desse país se viu uma investigação avançar tanto, levar à prisão tantos figurões e colocar tantos políticos na “linha de tiro”. Por muito menos, o governo de Fernando Collor caiu. Isso, no entanto, não quer dizer que o de Dilma também deva cair, a não ser que reste provado que ela ou seu núcleo político e palaciano têm envolvimento com as irregularidades.

Identificadas as empreiteiras pagadoras de propina, seus dirigentes devem se valer da delação premiada e de outros favorecimentos legais para reduzir as penas pelos crimes que – querendo ou não – cometeram. É preciso apurar claramente se houve cartel entre empresas ou se elas foram vítimas de extorsão ou coação para darem propina. A Nação espera agora, com certa impaciência, saber os nomes dos políticos beneficiários de toda essa roubalheira pois, pelo que se disse até agora, o dinheiro ia para os partidos da base de apoio ao governo e até da oposição. O povo tem o direito de saber quem são os homens e mulheres que, apesar de virem pedir seu voto com cara de boa gente, metem a mão no dinheiro sujo da corrupção, retirado do superfaturamento de obras pagas pelo governo e por empresas estatais. Outra coisa que interessa muito é verificar se os esquemas de propinas só funcionaram na Petrobras ou se estendem também a outras áreas federais, estaduais e municipais, onde essas e outras mega-empreiteiras tocam obras.

Pelos valores até agora revelados, o já chamado “petrolão” é muito maior que o “mensalão”, que levou políticos e empresários para a prisão. Isso dá importância especial aos acontecimentos futuros da Lava-Jato. Partindo-se da informação – já tornada pública – de que existem pelo menos 70 políticos com mandato envolvidos como beneficiários das propinas, espera-se haver pela frente grande tarefa para o Supremo Tribunal Federal, a corte encarregada de julgar os detentores de foro especial. Queiram ou não, os 11 ministros terão em suas mãos a grande tarefa de passar a limpo o meio político brasileiro, atribuindo a cada um dos envolvidos aquilo que a lei prevê para sua conduta. É a chance de recolocar o país nos devidos trilhos e eliminar a malfadada corrupção. É agora ou nunca...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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