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Crônicas
22/11/2014 - 10h03
Está chegando a hora de arar o mar
Zélia Maria Freire
 

Verdade, o tempo está passando célere e logo, logo tomarei o rumo da minha “ilha da fantasia”, o que muito me deixa feliz porque sinto que já é hora de “arar o mar”, limpar a casa, abrir portas e janelas, expulsar fantasmas, deixar a alegria outra vez entrar.

Enquanto esse dia não chega, fico cá com esta minha vidinha boa que o papai e a mamãe me deram, não importando se o santo venerado seja o padrinho padre Cícero do Juazeiro ou Nossa Senhora Aparecida. É tutto cosa nostra (no bom sentido).

Mas existe quem reclame da vida e deste mundo e o considere um eterno vale de lágrimas, haja vista, que nem o Filho do Criador escapou quando pôs os pés por aqui.

E qual a opinião dos grandes pensadores que viveram no século passado, tendo a Europa como berço e que foram testemunhas sensíveis das tragédias da época, levando-os a descrer, muitos deles, que este planeta fosse sustentado pelas mãos de um Deus inteligente e benévolo e outros tantos, diante do problema do mal, erguiam “uma interrogação muda às estrelas indiferentes, a indagarem por quanto tempo, ó Deus, e por quê? Seria calamidade universal a vingança de um Deus justo contra uma Idade da Razão e da descrença? Seria um chamado ao intelecto penitente para que se curvasse diante das antigas virtudes da fé, esperança e caridade? Nisso acreditavam Schlegel, Novalis, Chateubriand, Musset, Southey, Wordswort e Gogol; e eles voltaram-se para a velha fé tal como filhos pródigos contentes de regressarem ao lar.

Mas outros tinham uma resposta mais dura: a de que o caos não era senão o reflexo do caos do Universo; que não havia afinal ordem divina nem nenhuma esperança celestial; que Deus, se é que existia, estava cego e que o Mal proliferava na face da Terra. A este último grupo pertenciam Byron, Heiine, Lermontof, Leopardi e Schopenhauer.

De minha parte, vos digo: não custa nada ter um pouco de fé e esperança em Deus, já que não faz mal a ninguém e que apesar dos pesares, prevaleça em todos nós uma “visão consoladora de uma vida mais ampla, em cuja beleza e justiça final esses males horrorosos que nos assaltam se dissipem.”

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