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Opinião
26/11/2014 - 17h01
O mal que se esconde por trás do capitalismo
Arão Sapiro
 

Os anos recentes são pródigos em exemplos de concentração exacerbada do Capital, relações cinzentas entre as grandes corporações e os governos de diferentes países, eclosão de crises financeiras e maracutaias de toda ordem, protagonizadas, supostamente por agentes do Capital, que agiriam simplesmente buscando a maximização do retorno de seus ativos, mas sem considerações éticas, sem medir as consequências sociais e ambientais de suas decisões. Afinal, é esta a natureza do Animal Capitalista, não é mesmo?

Como resultado, o mundo é, hoje, mais desigual e mais carente como nunca antes. Apesar da expansão e barateamento da oferta de bens e serviços, com base na revolução tecnológica e da redução da pobreza nos países em desenvolvimento, bilhões de pessoas ainda têm pouco ou nenhum acesso ao atendimento de suas necessidades básicas e longe do exercício de sua soberania alimentar, além de um mal estar difuso e estressante que afeta a todos, um pouco mais ou um pouco menos. Em quase toda parte aumenta a desigualdade de renda, do padrão de consumo, do uso da energia e do acesso à educação e/ou saúde, ao mesmo tempo em que os riscos à sustentabilidade econômica, social e ambiental aumentam.

Caminhamos para um colapso inevitável? Com certeza não! Porém é necessária uma nova perspectiva para o Sistema Capitalista, mais negocial, mais justa e, principalmente, mais inteligente. Já dizia o poeta popular: o maior malandro é o malandro honesto, querendo dizer que as práticas éticas e responsáveis socialmente são as melhores para a criação e sustentação de valor. Delírio!? Ingenuidade!? A resposta categoricamente e um sonoro “não”. Fica cada vez mais evidente que empresas zelosas em suas práticas e buscando a inovação e a construção de valor são as que mais prosperaram, que o digam Google e Virgin. E as que mais se complicaram e veem seu futuro ameaçado são as que assim não fizeram; perguntem a algumas empresas da construção civil, do sistema financeiro ou do setor de óleo e gás!


Nota do Editor: Arão Sapiro, é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e professor convidado da Fundação Getúlio Vargas – IDE. Possui mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – SP (2002).

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