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Opinião
27/11/2014 - 11h09
As estradas, o TOR e a Segurança Pública
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O governo paulista já substituiu, pelos soldados temporários, grande número de policiais militares que antes eram mantidos em funções administrativas e burocráticas. Recentemente, o governador Geraldo Alckmin anunciou o propósito de convocar policiais da reserva para, mediante um novo contrato de trabalho, assumir funções internas e liberar mais um bom contingente de pessoal para trabalhar na prevenção e combate ao crime. Tomamos a liberdade de, nessa oportunidade, sugerir o remanejamento de policiais que hoje são empregados na fiscalização de trânsito. Esses homens e mulheres, formados e bem treinados para serviço policial, seriam melhor aproveitados numa função diretamente ligada ao combate ao crime, sem qualquer prejuízo à atividade de trânsito, que pode ser desenvolvida pela Guarda Civil Metropolitana ou pelas Guardas Municipais.

A GCM já tem a qualificação necessária para o serviço de trânsito e as demais Guardas poderão receber treinamento conforme a necessidade do município. Considere-se que, atualmente, nos pontos críticos, o controle da velocidade é feito por radares, um sistema que já se revelou mais eficiente do que a fiscalização pessoal, pois está presente as 24 horas do dia. Todos os policiais hoje empregados no trânsito atenderiam melhor sua finalidade se fossem transferidos para o efetivo do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), a tropa da elite da Polícia Militar Rodoviária que, apesar do seu pequeno efetivo, tem prestado relevantes serviços à segurança pública paulista.

Em 1987, quando criou o TOR, o Cel. Ralph Solimeo já argumentava que o insumo para a prática de crimes nos centros urbanos – armas, drogas, descaminho de mercadorias etc. – transita pelas rodovias antes de chegar ao seu destino. É por isso que o grupo tem efetuado a prisão de bandidos, de mulas transportadoras e de farto material criminoso e ilegal. Se puder contar com a integração ou o apoio dos policiais hoje empregados na fiscalização do trânsito, com certeza, o volume de prisões e apreensões nas estradas será maior e as cidades se tornarão, automaticamente, mais seguras.

Seria necessário também equipá-lo com viaturas blindadas e até com helicópteros próprios e exclusivos e integração ao sistema de câmeras e radares para acompanhar o trânsito de veículos, pessoas suspeitas e as emergências nas estradas, como já reivindicava o fundador há quase 30 anos, quando chegou a formar um grupo de oficiais que fariam o curso de piloto. Infelizmente, com a saída do Cel. Ralph do comando rodoviário, o plano foi engavetado e hoje faz falta. São Paulo e o Brasil não produzem drogas e nem o armamento pesado que hoje se vê nas mãos dos bandidos. Mesmo quando vêm de avião e são desovadas em pistas clandestinas do interior, essas mercadorias trafegam pelas estradas para chegarem ao seu destino. Aumentar a fiscalização das rodovias é o mesmo que cortar a linha de suprimento da guerra, no caso, a guerra do crime contra a nossa sociedade...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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