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Opinião
29/11/2014 - 07h12
A luta do bem contra o mal
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Finalmente, vemos, na escolha da equipe econômica do próximo mandato presidencial, o espaço maior da mídia ser destinado às expectativas de futuro e não aos criminosos esquemas de propina e roubalheira do dinheiro público revelados na Operação Lava-Jato e outros malfeitos perpetrados por governantes, políticos, lobistas, empreiteiros e espertalhões de diferentes espécies e colarinho branco. Essa constatação é positiva, pois o país não pode parar só nos maus exemplos e se esquecer de, no presente, construir o futuro. Preocupam-nos, no entanto, as notícias sobre a voracidade dos aliados no fatiamento do governo. Infelizmente, o sistema de coalizão pós-eleitoral está arraigado e fatalmente levará a ministérios e postos-chave não os mais competentes, mas aqueles que reúnam mais apoio e cabos eleitorais.

Diferente do regime parlamentarista, onde o governante integra o parlamento e – em alguns casos – os ministros e secretários também são parlamentares, no presidencialismo, o presidente é soberano para escolher seus auxiliares. Mas, na prática brasileira, ele sofre todo tipo de pressão e, se escolher sua própria equipe, terá todos os seus projetos barrados no parlamento. Então, é obrigado a lotear, a criar e dividir ministérios e cargos para satisfazer a voracidade dos aliados. Mudar essa servidão do governante – presidente, governadores e até prefeitos – deveria ser o ponto básico da reforma política. Mas, infelizmente, há poucas esperanças nesse sentido, pois quem deve votar e aprovar as mudanças são os próprios interessados no loteamento.

Outro ponto de vital importância para a tal reforma é o financiamento e custeio das campanhas eleitorais. É preciso encontrar formas lícitas de obtenção de recursos. Se já existissem, talvez tivéssemos evitado os mensalões, as propinas e uma série de outros procedimentos que hoje mancham a imagem da classe política. Todos, afinal, justificam fazer os esquemas de desvio de dinheiro público para custear as campanhas...

Que a presidente e os governadores tenham mais liberdade (e inteligência) para constituir as equipes que os auxiliarão a partir de 1º de janeiro. Que possam escolher os melhores para cada posição. Mas que, nem por isso, as falcatruas e crimes – mesmo deixando de ser a manchete principal dos jornais – deixem de ser apurados e seus responsáveis rigorosamente punidos. A maior reforma que se pode fazer neste país é afastar os ladrões e aproveitadores que se infiltram nas estruturas do poder e sangram os recursos que deveriam ser aplicados em benefício da população...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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