A tosse é um dos principais sintomas que acomete grande parte da população, principalmente quando há mudanças bruscas de temperatura, e pode se tornar um inconveniente social. Porém, o ato de tossir é um grande aliado na proteção do organismo, uma vez que é um reflexo natural do aparelho respiratório em processos irritativos ou no auxílio de expelir secreções ou corpo estranho. No caso de um engasgo, por exemplo, a tosse é fundamental para evitar a aspiração e o sufocamento.

Segundo a dra. Sheila Maria Cardinali Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, existem vários tipos de tosse provocadas por estímulos diferentes que normalmente surgem em decorrência de uma agressão aos brônquios por meio de infecções ou por fatores ambientais inadequados.

Mesmo aparentando ser um problema simples, é importante buscar ajuda médica para investigar a causa e receber o tratamento adequado para cada tipo de tosse. “Este sintoma considerado multifatorial, pode ser tratado de forma simples em doenças mais comuns como gripes e resfriados. Porém, a tosse nunca é normal e se não investigada pode levar a casos mais graves como problemas cardíacos”, comenta a especialista.

Conheça os tipos de tosse e como tratá-los:

Tosse alérgica: é seca e persistente, sua causa pode ser um processo alérgico ocasionado a partir da exposição de um determinado elemento como pelo de animais, poeira, pólen das flores, bichinhos de pelúcia entre outros. Além de provocar tosse, os sintomas mais comuns são os espirros, coriza, nariz entupido e coceira na garganta. É importante evitar ambientes que possam ser alergênicos, minimizando o surgimento dos problemas com medidas simples, inclusive de higienização do nariz.

Pulmonar: um problema crônico, mais presente em fumantes e, normalmente, vem acompanhado de pigarro.

Refluxo: algumas vezes, a causa da tosse pode não estar ligada diretamente ao sistema respiratório, mas sim ao digestivo. O refluxo é um retorno anormal da alimentação, geralmente, são multifatoriais e ocorrem depois das refeições ou quando a pessoa está deitada. Como prevenção, o ideal é evitar alimentos gordurosos e doces, além de manter uma alimentação mais leve à noite e aguardar cerca de duas horas para deitar.

A médica afirma que a melhor forma de prevenção da tosse é ficar atento às suas causas, sempre que possível deve-se evitar fatores primários que podem desencadear crises. É necessário controlar a rotina e o ambiente do dia a dia para impedir que o sintoma evolua para uma doença crônica. “Não menospreze a tosse. Ingerir chás, pastilhas, xaropes e mel não tratam o problema. Esses artifícios podem passar a sensação de bem estar e diminuição da irritação, levando a uma falsa percepção que o sintoma desapareceu, quando apenas está escondido”, finaliza a médica.