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Opinião
02/12/2014 - 17h12
Agora, a crise automotiva
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O setor automobilístico está em crise, mesmo depois de beneficiado pela desoneração fiscal com que o governo enfrentou a crise econômica dos últimos anos. A indústria revela que só nesse ano já cortou 10 mil postos de trabalho, tem férias coletivas mais longas que nos anos anteriores, recorre à suspensão temporária de contratos de trabalho e, ainda, vai realizar PDVs (Planos de Demissão Voluntária) a partir de janeiro. A base instalada nas empresas é capaz de produzir 4,3 milhões de veículos por ano, mas a estimativa é fechar o ano com 3,34 milhões, ou ainda menos. E tudo isso com a agravante de a partir de janeiro os veículos voltarem a ter IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) total, o que elevará seus preços. Ainda mais: o consumidor, incentivado a comprar nos anos anteriores, hoje está endividado.

O embate eleitoral, ao lado das denúncias de esquemas de corrupção tomaram a cena brasileira do último ano. Pouco repercutiram as advertências dos setores econômicos quanto ao fraco desempenho da economia nacional. Essas informações foram desdenhadas e irresponsavelmente atribuídas a propaganda eleitoral oposicionista quando, na verdade, não eram. Hoje, com a eleição ganha, a presidente Dilma Rousseff tem nas mãos o grande problema de fortalecer as “pernas” da economia. Oxalá a equipe econômica, tida como competente, que acaba de escolher e ela própria tenham condições de fazer as mudanças de curso e, principalmente, conseguir o equilíbrio entre a contenção inflacionaria, a volta da atividade produtiva e a manutenção do emprego. O veículo brasileiro é, hoje, qualitativamente igual aos dos melhores centros produtores do mundo, mas é preciso mercado e preço competitivo, seja interna ou externamente.

Além do automotivo, muitos outros setores produtivos sofrem estagnação. Até os Correios – tradicional instituição, exemplo empresarial – hoje enfrenta problemas e, pela primeira vez em 20 anos, deixará de cumprir a tradição de antecipar o pagamento do salário de dezembro a seus funcionários para o dia 19. Isso sem falar que o órgão enfrenta denúncias e investigações de corrupção dentro da mesma Operação Lava-Jato, que revelou os esquemas e prendeu diretores, atravessadores e empreiteiros da Petrobras. Precisamos de estabilidade econômica e – acima de tudo – honestidade e regularidade nos negócios. Se não acabarmos com as más práticas administrativas e a corrupção, elas acabarão com o Brasil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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