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Opinião
18/12/2014 - 07h00
Os desafios da Petrobras
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A Petrobras, nossa maior estatal que, infelizmente, vem frequentando a página policial, é motivo de preocupação para todos os brasileiros. Não pelo simples desfecho dos escândalos em apuração, tarefa muito bem conduzida pela polícia e justiça, mas principalmente pela preocupante conjuntura internacional do petróleo, cujo preço do barril (equivalente a 159 litros) caiu para menos de 60 dólares. Os planos de investimento e estruturação no pré-sal e em outras fontes da empresa levavam em consideração o barril do óleo oscilando ao redor de 100 dólares, como ocorria desde o final de 2009. Como consequência da queda das cotações, os investimentos programados poderão gerar, na prospecção própria, um petróleo mais caro do que o encontrado no mercado.

Até agosto ou setembro últimos, dizia-se que a Petrobras vendia gasolina aos consumidores brasileiros a preços inferiores aos que pagava no mercado internacional. Essa conversa acabou pois, de maio até agora, o barril de petróleo foi desvalorizado em aproximadamente 40%. Se fosse num país de economia estável, os combustíveis teriam baixado de preço na bomba de abastecimento. Mas, infelizmente, isso aqui não ocorre porque a estatal é usada politicamente, um combustível subsidia outro de maior interesse social, custeia pesquisa e prospecção e, como foi recentemente comprovado, ainda há a agravante do desvio de recursos para a corrupção.

Apesar de todos os problemas, a petrolífera é um grande empreendimento do povo brasileiro. Sua criação, no começo da década de 50, foi resposta a uma grande aspiração nacional. Agora, no entanto, está carecendo de modernização de propostas e matriz de trabalho. Precisa desvencilhar-se do noticiário policial, se voltar mais ao seu objetivo fundamental de suprir o mercado energético nacional sem servir de instrumento de política governamental ou contenção inflacionária e muito menos de sustentação partidária. Se cumprir a estratégica tarefa de abastecer a frota nacional, terá atendido integralmente sua finalidade. Há que se compreender que, mercê dos escândalos, a atual diretoria, independente de ter ou não ter culpa pelos malfeitos, já não reúne a necessária credibilidade para desempenhar a grande tarefa, e precisa ser substituída.

A queda do preço do petróleo é um sensível componente da economia mundial. Importante compreendê-la e dela tirar proveito. Se for mais barato, devemos consumir o óleo importado e guardar o nosso para épocas de escassez. Para isso, temos de continuar investindo em prospecção para tê-lo disponível quando houver necessidade. Do petróleo também depende o álcool combustível que, para ser viável, não pode custar mais que 70% da gasolina. O Brasil, sem dúvida, carece salvar a Petrobras e rediscutir a matriz energética nacional... 


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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