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Opinião
18/12/2014 - 17h16
Mensagem à equipe que dirigirá o Brasil em 2015
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

No ano de 1889, uma ação de forças criou a República. Um século depois o Brasil permanecia atrasado em situação ainda mais crítica, pois a dívida externa era bem maior. Durante longo período, somente menos de 3% da população tinha direito de votar. O governo de poucos para poucos, permitia aos dirigentes fazer o que queriam para o bem deles mesmos.

Se os governantes tivessem agido com seriedade, provavelmente teríamos obtido melhores resultados, com mais produção, qualidade e menores preços. As repúblicas do dinheiro estão promovendo a decadência ao invés do progresso real. A chamada “lei de Gerson” acabou superando todas as demais, suplantando a ética e a moral.

Em 2014, a situação geral apresenta poucas mudanças. O populismo não logrou grandes melhoras na qualidade humana e de vida. Faltam estadistas comprometidos com o desenvolvimento humano. Falta preparo para as novas gerações. O momento é de suma importância para consolidarmos um futuro de seriedade e progresso. A riqueza gerada pelas reservas de petróleo deveria ter sido empregada para contribuir para o desenvolvimento do Brasil e sua população, mas acabou caindo nas mãos dos predadores.

O país está atravessando um apagão mental porque as pessoas, em geral, não se preocupam com seus próprios pensamentos e, com isso, agem de forma confusa e sem clareza na solução dos problemas. Isso é alarmante, ainda mais se considerarmos que não tem havido a preocupação de ensinar às novas gerações como raciocinar com lucidez. É preciso afastar o negativismo e ter uma visão mais positiva da vida. Conviver com a natureza e aprender a sua lógica é essencial para a boa formação pessoal.

O dinheiro público deve promover o progresso real. Os países têm sido geridos com desvios e desequilíbrio nas contas internas, nas contas externas e na balança comercial. O déficit no comércio exterior é altamente prejudicial porque o dinheiro remetido para fora deixa de recircular na economia, travando-a, indo gerar empregos em outras regiões.

Atravessamos um momento complicado na economia global agravado por crise financeira, ambiental e superpopulação. Temos uma abundante oferta de produtos nem sempre essenciais, enquanto faltam moradias, saneamento, alimentação adequada, educação que prepare as novas gerações para uma forma de viver humana. Não é só uma questão financeira, mas de gestão dos recursos com eficiência e equilíbrio. Faltam disposição e o estabelecimento de metas que humanizem o sistema.

Atualmente a corrupção adquiriu grande amplitude contaminando tudo inclusive o mundo empresarial. Porém junto a ela surgiu um envenenamento que entorpece e embrutece a sociedade. Nesse mar de lama, o Brasil enfrenta o risco de decair a níveis de tirania e exploração como ocorre nos países africanos, como se fosse uma nau sem rumo à disposição dos predadores. Basta dos prejuízos causados pela especulação. Falta planejar o Brasil forte, independente, educado e bem preparado para uma forma de viver sadia e pacífica com progresso para todos.

Chega de conflitos estéreis e imediatismo oportunista. O Brasil precisa sair do jogo dos predadores e entrar no rumo certo. Agora enfrentamos a estagnação econômica que avança pelo mundo, e fica mais difícil sair do subdesenvolvimento com desindustrialização, inflação e aumento da dívida. Durante décadas temos sido expostos ao pior negativismo. Basta de críticas destrutivas; precisamos de união visando a construção de uma vida digna para todos.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club de São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012... e depois?”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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