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Opinião
21/12/2014 - 07h04
O uso racional da água
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Passadas as eleições e, sem ter onde buscar mais água para abastecer São Paulo, agora sem os riscos eleitorais pertinentes, o governo parte para medidas mais concretas de economia. Primeiro ofereceu desconto a quem economizasse, e agora, na contrapartida do desconto, vai penalizar com acréscimo de 20% a 50% no valor da conta mensal os que aumentarem injustificadamente o consumo. Com essas medidas, busca distribuir o volume escasso do líquido para um maior número de consumidores de forma a evitar que parte da população fique completamente desabastecida. Mas, concomitantemente, ainda há uma grande tarefa a se cumprir no abastecimento. O desafio crucial é a eliminação dos vazamentos na rede pública, que fazem os sistemas perderem até 40% da água já captada e tratada. Perde-se duas vezes: a água e o seu tratamento.

Os acomodados governantes e administradores de sistemas de saneamento justificam que os vazamentos ocorrem porque as redes são antigas e sua substituição, além do custo elevado, provocaria grandes transtornos urbanos, pois haveria a necessidade de abrir o leito e interromper o trânsito que, por natureza, já é caótico nos centros urbanos. Por isso, a substituição dos canos é lenta. Porém, diante da emergência, uma outra medida a adotar poderia ser de grande valia para evitar as perdas com vazamentos. Manter o abastecimento apenas uma parte do dia – durante 6 ou 8 horas –, o tempo suficiente para encher o reservatório dos consumidores. Se a rede estiver ativa apenas por seis horas, economizará três quartos da água que hoje se perde nos vazamentos.

As boas práticas de engenharia e arquitetura e até os códigos de posturas não admitem a existência de imóvel sem reservatório de água, embora muitos possam ser encontrados com o sistema avariado ou até sem a caixa. Mais simples do que abrir as ruas para a troca dos canos seria fiscalizar os imóveis, exigir que todos tenham caixas em funcionamento e até desenvolver programas sociais de apoio e auxílio aos carentes que não possam, com recursos próprios, fazer os reparos ou instalações.

A água é escassa e, ao que parece, cada dia mais o será. É necessário, em primeiro lugar, conservar e bem utilizar as reservas já disponíveis, conscientizar a população sobre o uso racional e, principalmente, investir em novas fontes como, por exemplo, a despoluição dos rios que hoje não servem para o abastecimento porque recebem esgotos sem tratamento. Há uma grande quantidade de recursos a se colocar em prática antes que as torneiras sequem por completo. Não há tempo a perder...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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