2015 está chegando com a velocidade de um Airton Sena. Que seja bem-vindo, com muita atenção às curvas. Novo Ano, vida nova, dizem, e eu estou nesta pilha. O problema de cada fim de ano é a fadiga dos metais, para dizer o mínimo. É um aparelho de ar-condicionado que estraga, uma luminária que dá os doces, um problemão na internet, um vazamento no banheiro, no telhado, uma conta esquecida que magicamente aparece, é preciso, enfim, estar preparado para os chamados imprevistos, sempre, em tese, previsíveis para esta época de festa, relaxamento e alegria. Acho que é para esquentar a virada e aumentar a venda de fogos. De minha parte, não me queixo de nada, salvo dos 7x1 que tomamos da Alemanha e do desmantelamento em curso da nossa PETROBRAS. Vocês lembram, né, até subi na Torre de Petróleo da Praça da Alfândega, nos idos tempos. Mas, tudo bem, não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe. As previsões econômicas não são favoráveis, temos novos governos federal e estadual, mas, cá pra nós, a choradeira nunca muda e a gente acaba dando um jeito. Como vou estar aposentado, espero que a alta do dólar, com a recuperação da economia norte-americana, não fuja de controle e dificulte excessivamente o consumo de vinho chileno, pois não tenho previsão imediata para novas rendas. Afinal, o Governo não deverá considerar este item no cálculo dos índices para a reposição inflacionária. Eu trocaria temporariamente pelo peso dos remédios, se é que eles têm peso importante. Mas não é hora de chorar as pitangas, tem muito 2015 pela frente. Se o Natal é a festa do aconchego familiar, o Réveillon é a diáspora, inevitável por muitas razões. E acaba tornando-se um problema a mais. Para onde ir, o que fazer? Já passei a virada de ano em tudo quanto foi lugar, dos mais diferentes modos, inclusive não indo e nada fazendo. Não importa, o que vale é a sintonia, o alto astral e a aposta no amanhã, recitando o nam myo ho regue kyo, que narro em meus livrinhos de crônicas.
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