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Opinião
01/01/2015 - 09h00
A reeleição como retrocesso
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Primeiro de janeiro é dia de posse em Brasília e nas capitais estaduais. Mas, como temos a reeleição para cargos executivos, a presidente da República e os governadores de 11 estados serão os mesmos. Apesar de todo o movimento e da gastança das festas, tudo continuará na mesma, ou poderá até piorar, se providências eficazes não forem tomadas. Toda vez que assume um novo governo, há a inevitável esperança de mudanças em benefício do povo. Talvez seja resultado do proselitismo das eleições, onde os candidatos prometem tudo, até aquilo que sabem não poder cumprir.

A reeleição de presidente, governador e prefeito é um controverso elemento do quadro político-administrativo brasileiro. Instituída em 1997, para atender aos apetites de poder do governante da época, perenizou-se e já beneficiou três presidentes, inúmeros governadores e muitos prefeitos. Ao mesmo tempo em que favorece os titulares do poder, demonstra a fraqueza dos partidos e instituições e, até, o desinteresse do povo pelo processo.

No primeiro mandato, o governante, em vez de dedicar todo seu esforço à administração pública, perde parte dele na construção da reeleição. Invariavelmente, a máquina pública e a exposição natural do titular lhe dá vantagens sobre os adversários, e a reeleição acontece. É regra praticamente geral que o segundo mandato, quando não há mais o ânimo da reeleição, seja mais “fraco” que o primeiro. E com tudo isso, quem perde é a administração pública, que deixa de contar com novas ideias e metas.

Vivemos hoje uma incômoda posse. O país, sacudido pelos escândalos de corrupção e com a economia em crise, clama por mudanças. O ambiente político-governamental é tenso e as práticas inchaço da máquina, clientelismo e loteamento de ministérios, secretarias e benesses são uma constante. Precisamos, urgentemente, da reforma política que, minimamente, garanta o saudável princípio da alternância no poder. Reeleição, independente de quem sejam os reeleitos, é puro retrocesso...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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