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Opinião
06/01/2015 - 17h00
TSE fecha o álibi dos corruptos
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A resolução do Tribunal Superior Eleitoral, que manda os partidos políticos manterem contas bancárias com a identificação de seus doadores e demais fontes de recursos e estabelece a obrigação de apresentar extrato mensal, parece-nos, mercê de sua seriedade, o começo da solução para a grande farsa até hoje usada pelos ladrões do dinheiro público que, descaradamente, dizem roubar para custear campanhas. A proibição das doações ocultas é um grande avanço, pois retira do circuito as empreiteiras, os lobistas e outros interessados em obter obras públicas superfaturadas, como se tem visto nos escândalos político-financeiros descobertos nos últimos tempos. Acaba com o álibi de políticos e gestores corruptos, deixando claro que se desviarem é para por no próprio bolso.

Considerando-se que os parlamentares ganham salários e estrutura compatíveis para o exercício do mandato, no momento em que se estabelece a transparência no processo eleitoral, restará claro que qualquer dinheiro que venham a receber fora disso será indevido e fruto de pura corrupção ou ganância.

Da mesma forma que o fisco age sobre empresas e cidadãos, todos os membros do governo e do meio político também precisam ser permanentemente verificados pois, enquanto cidadãos, são sujeitos à mesma legislação fiscal comum a todos os brasileiros. Há que se fechar o cerco sobre a movimentação financeira e a evolução patrimonial de todos pois, dessa forma, se evitará que o dinheiro público, arrecadado com a finalidade de sustentar o governo e os serviços deste para a população, seja carreado para promover o conforto de poucos, acarretando o sofrimento a muitos. Os recursos tecnológicos hoje disponíveis permitem esse acompanhamento e o encaminhamento à justiça de todas as inconformidades para que sejam apuradas e reparadas.

As apurações da Operação Lava-Jato, do cartel do trem e outros escândalos que vêm emporcalhando a política nacional, prometem lances graves para os próximos meses. É preciso que todos os envolvidos – corruptores, corrompidos e lenientes – sejam identificados, processados e recebam a devida punição por sua ação ou omissão. Essa deve ser uma certeza em relação a todos aqueles que meteram a mão no dinheiro público. Com a transparência agora estabelecida pelo TSE, eles não poderão mais dizer que desviaram para campanha...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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