13/08/2025  08h30
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
08/01/2015 - 07h01
A volta da luta pelo passe livre
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O aumento das passagens de ônibus, metrô e outros meios de transporte, em São Paulo, Rio e outras capitais constitui um delicado componente político-social. Foram os R$ 0,20 aumentados há um ano e meio que deflagraram as manifestações e sacudiram o país. Agora, com o aumento médio de R$ 0,50, mesmo com as justificativas dos governantes e dos operadores, que afirmam ser o reajuste inferior à variação inflacionária do período, o Movimento do Passe Livre, de São Paulo, já prepara uma manifestação para a sexta-feira. Já fez uma prévia, realizando uma “aula pública” no Vale do Anhangabaú onde, segundo a polícia, reuniu 350 pessoas.

A gratuidade no transporte coletivo é a bandeira do movimento, que defende o custeio dos serviços através dos impostos arrecadados de toda a população. São muitas as justificativas e a principal delas é que a população de baixa renda é extremamente penalizada com o peso do preço das passagens. Com a “tarifa zero”, todos iriam trabalhar, estudar e ao lazer sem maiores complicações e, atraída pela gratuidade, até uma parte dos que hoje se servem do carro o deixaria na garagem, desafogando o trânsito na cidade.

Para estabelecer o transporte de ônibus gratuito, o município teria que mudar por completo a sua estrutura, concebida para o custeio através das passagens pagas pelos usuários. É possível, desde que o prefeito encontre os recursos para pagar pelo serviço das concessionárias contratadas ou, se preferir, invista em veículos e pessoal da própria prefeitura, que é a detentora do serviço. É uma longa discussão, que passa inicialmente pela vontade política e possibilidade do governo e pela análise da Câmara de Vereadores que, para fazer implantar o serviço, tem que modificar a legislação tributária e orçamentária.

O que preocupa no momento é a possibilidade de confronto. Não se vislumbra a disposição ou até a possibilidade de as autoridades – o município quanto aos ônibus e o estado no metrô – aceitarem a liberação das catracas, pois isso representaria um grande desembolso. Por outro lado, o movimento pelo passe deverá insistir em sua tese. É preciso muita atenção e equilíbrio para evitar a volta da baderna e do vandalismo, que prejudica a todos, principalmente a população. As autoridades têm de ficar atentas e conter os excessos, assim como os reivindicantes do MPL devem fazer de tudo para que suas bandeiras não voltem a ser empunhadas pelos arruaceiros. Conseguir ou não conseguir o pretendido “passe livre” deve ser fruto de pura negociação, sem radicalização...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.