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Crônicas
19/01/2015 - 15h00
Algozes da paz
Adilson Luiz Gonçalves
 

Existem bilhões de seres humanos! Assim, é natural que existam culturas, crenças e modos de viver e pensar diferentes.

O contato com essa diversidade é inevitável e pode ser muito proveitoso, exceto para quem não está preparado para o contraditório. É o caso de indivíduos que sãos criados e tratados como parte de rebanhos, confinados e conduzidos por ignorância e medo, sob o pesado “cajado” dos que deturpam crenças religiosas, transformando o que seriam meios de aproximação da humanidade entre si e com Deus, em instrumentos de segregação e perpetuação de ódio mortal entre seres humanos.

Quantos desses líderes educam conscientemente para o congraçamento entre os povos? São raros! Preferem fomentar preconceitos ao limite do incitamento à violência, por vezes ultrapassando-o. No entanto, todos falam como se fossem interlocutores e porta-vozes de Deus!

O pior é que essa disputa não opõe apenas adeptos de religiões entre si. Elas também têm seus cismas e correntes que não se toleram ou também disputam hegemonia. Sob o mesmo céu, uns tratam os outros como infiéis e oferecem as mesmas duas opções: a adesão ou o inferno, às vezes ainda em vida.

Em sua insanidade ou intencionalidade são capazes de destruir futuros, ferir e matar inocentes que considerarem hereges por não comungarem de sua fé e verdades absolutas.

A fé pode curar feridas e unir os seres humanos! No entanto, alguns preferem cultivar chagas e apelar para guerras religiosas, que quase sempre não passam de ardis para preservar sua ascendência terrena.

O que deveria melhorar as pessoas se torna um pesadelo, que faz a morte desejada, promessa de encontrar no paraíso o que é proibido em vida.

Todos falam que suas doutrinas pregam a paz e a convivência pacífica, mas poucos as praticam.

O desvirtuamento da pureza dos princípios básicos, comuns a praticamente todas as crenças, chega a tal ponto que fatos passados há milhares de anos ainda são sistematicamente invocados, para promover e justificar atos e crimes de ódio! Para atribuir culpas coletivas, até a crianças! Apesar dos milênios de evolução da civilização, ainda adotam a Lei de Talião!

Sobra culpa, mas falta arrependimento e perdão! Só pensam em provocação e revide, numa escalada que parece não ter fim!

Mas, afinal, que crenças são essas que não têm a paz e o amor como pedras fundamentais e só querem atirar pedras? Que pregam desprezo, perseguição ou aniquilação sumária de quem é diferente? Que só aceitam e anseiam pela modernidade no quesito armas?

Infelizmente, destruir vidas, semear o medo e rejeitar o contraditório hoje faz parte do cotidiano, mesmo entre irmãos da mesma fé ou cidadão comuns. Isso está nas ruas, nas esquinas... Onipresente!

Sempre há alguém disposto a impor suas crenças e vontades, condenando e transformando em vítima qualquer um que não se submeta incondicionalmente.

Qualquer que seja a fé, ninguém, nunca, por mais iluminado que se acredite ou faça crer, conseguirá provar ou justificar racionalmente que o ódio, a vingança e a morte, com o sangue de inocentes nas mãos, fazem parte do projeto de Deus para a humanidade!


Nota do Editor: Adilson Luiz Gonçalves, membro da Academia Santista de Letras, é mestre em educação, escritor, engenheiro, professor universitário e compositor. E-mail: prof_adilson_luiz@yahoo.com.br.

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